Soja: Chicago mantém sua estabilidade e busca equilibrar disputa dos EUA com a China e clima no Corn Belt

Publicado em 18/06/2018 12:40

O mercado da soja na Bolsa de Chicago segue atuando com estabilidade no pregão desta segunda-feira (18). As cotações trabalhavam, por volta de 12h20 (horário de Brasília), com altas de 0,25 a 2,75 pontos, e com o julho/18 sendo negociado a US$ 9,08 por bushel. Mais cedo, os preços chegaram a testar o lado negativo da tabela. 

Os traders buscam uma equalização do mercado, um equilíbrio após as mínimas registradas em um ano na sessão da última sexta-feira (15). Os preços, afinal, foram severamente pressionados pela informação de, como forma de retaliação aos US$ 50 bi em tarifações dos EUA sobre a China, a nação asiática irá taxar a oleaginosa norte-americana, entre outros 629 produtos. 

No entanto, para alguns analistas internacionais, a notícia estaria, ao menos parcialmente, precificada e espera agora pelos detalhes das tarifações. Dessa forma, os fundos reduziram sua exposição e suas posições compradas no mercado futuro. Na última semana, as posições foram quase a zero, segundo informações do portal internacional Agriculture.com. 

O que os traders deverão acompanhar agora são as questões climáticas no Meio-Oeste americano e o desenvolvimento da safra 2018/19. As condições até este momento, porém, são favoráveis, em linhas gerais, para o desenvolvimento das novas culturas. 

"Um dos pontos-chave da safra dos EUA serão as chuvas previstas para os próximos 10 dias, esperadas para serem generalizadas", diz o World Weather.  

Novas informações sobre as condições das lavouras serão reportadas no fim da tarde de hoje, no reporte semanal de acompanhamento de safras a ser divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos)após o fechamento do mercado. 

"O mercado tem tentado encontrar um equilíbrio e seu fundo diante das decisões entre China e Estados Unidos, porém, a falta de ameaças climáticas até este momento podem limitar esse movimento", diz o analista sênior da Farm Futures, Bryce Knorr. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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