Falta de 'atividade política' entre China e EUA mantém soja estável em Chicago nesta 4ª

Publicado em 16/10/2019 13:53

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Segue a pouca movimentação das cotações da soja na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira (16). No início da tarde de hoje, por volta de 13h05 (horário de Brasília), as cotações perdiam entre 1,25 e 2 pontos nas posições mais negociadas, levando o novembro a US$ 9,32 e o maio a US$ 9,66 por bushel. 

O mercado segue observando com cautela e na defensiva a falta de atividade efetiva entre China e Estados Unidos ao redor do acordo firmado na última semana entre os dois países. Inclusive, as duas nações voltam a trocar algumas 'farpas' e voltam a esfriar os ânimos do mercado. 

Nesta quarta, o presidente americano Donald Trump já afirmou, inclusive, que não assina nenhum acordo antes de se reunir com o presidente chinês Xi Jinping. Os dois líderes deverão se encontrar no Chile em novembro. 

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>> China x EUA: "Nada mudou e mercado ainda está bastante desconfiado com este acordo", diz consultor

A falta de informações novas e concretas sobre as relações entre China e Estados Unidos mantém o mercado inerte, com os traders ainda na espera por um caminho para voltarem a se posicionar com um pouco mais de agressividade. 

"Temores de que a trégua pode voltar a se transformar em guerra comercial entre EUA e China e a pressão sazonal da entrada da safra nova americana exercem pressão a impedem uma melhor reação nos preços em Chicago", explica Steve Cachia, consultor da AgroCulte e da Cerealpar. 

Ontem, os números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) mostraram que até o último domingo (13), a colheita da soja foi concluída em 26% da área, contra 14% da semana anterior, enquanto o mercado esperava um número de 26%. Em 2018, nesse mesmo período, a área já estava 37% colhida e a média dos últimos cinco anos é de 49%. 

No entanto, ainda segundo Cachia, "aparentemente, a ameaça de clima prejudicial ao ritmo de colheita e talvez até da produtividade nos EUA e exportações americanas não impressionam". 

Na Reuters: Trump diz que não deve assinar acordo comercial com a China até se reunir com Xi

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WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira que não deve assinar qualquer acordo comercial com a China até se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, no Fórum da Apec no Chile.

Em declaração a repórteres na Casa Branca, Trump afirmou que o acordo comercial parcial anunciado na semana passada está no processo de ser formalizado.

"Está sendo colocado no papel", disse.

Trump, Xi e outros chefes de estados devem participar do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que será realizado em Santiago, de 11 a 17 de novembro.

Na semana passada, Trump e o vice-primeiro-ministro chinês Liu He anunciaram a primeira fase de um acordo para acabar com a guerra comercial entre Pequim e Washington, mas não ofereceu muitos detalhes.

A China quer mais negociações no final de outubro para detalhar os detalhes da "primeira fase" do acordo, segundo uma notícia da Bloomberg na segunda-feira, que citou pessoas familiarizadas com o assunto.

(Reportagem de Steve Holland e Makini Brice)

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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