Área plantada com soja em Mato Grosso mais que dobra em 1 semana, diz Imea

Publicado em 18/10/2019 19:22

SÃO PAULO (Reuters) - O plantio de soja em Mato Grosso, maior produtor brasileiro da oleaginosa, avançou nesta semana para 41,80% da área projetada de 9,77 milhões de hectares, alta de 23 pontos percentuais ante o dado divulgado na sexta-feira anterior, de acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

O plantio de soja começou de forma mais lenta este ano devido a chuvas mais fracas, mas ganhou forte ritmo nesta semana com mais umidade.

Com o avanço desta semana, o plantio está à frente da média histórica para o período, de 29,59%, mas ainda está atrás do registrado na mesma época da safra anterior (50,95%).

Plantio de soja avança no Brasil com impulso de Mato Grosso

SÃO PAULO (Reuters) - O plantio de soja no Brasil avançou para 22,8% da área estimada no país na safra 2019/20, tirando um atraso inicial ante a média histórica para o período, após chuvas atingirem especialmente o Mato Grosso, informou nesta sexta-feira a consultoria Arc Mercosul.

Em uma semana, o plantio aumentou 13,3 pontos percentuais, ficando levemente acima da média de 22,7% para esta época do ano, segundo dados da Arc Mercosul.

No entanto, os trabalhos ainda estão atrasados frente ao mesmo período do 2018, quando o maior exportador global de soja havia plantado 35,9% da área projetada, beneficiado por mais chuvas do que neste ano.

"Essa semana o plantio de verão brasileiro ganhou ritmo, com o Mato Grosso liderando o avanço. As chuvas estão voltando, gradativamente, a se regularizar pelo centro-sul do Brasil", afirmou o diretor da Arc Mercosul, Matheus Pereira, à Reuters.

O plantio de soja em Mato Grosso, maior produtor brasileiro da oleaginosa, avançou nesta semana para 41,80% da área projetada de 9,77 milhões de hectares, alta de 23 pontos percentuais ante o dado divulgado na sexta-feira anterior, de acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Quanto mais acelerado o plantio de soja, melhor é a janela climática para a semeadura da segunda safra de milho e algodão.

O plantio começou de forma mais lenta este ano devido a chuvas mais fracas, mas ganhou forte ritmo nesta semana com mais umidade.

Com o avanço desta semana, o plantio mato-grossense está à frente da média histórica para o período, de 29,59%, mas ainda fica atrás do registrado na mesma época da safra anterior (50,95%).

Algumas áreas do Estado, como o noroeste e o oeste, ainda estão quase 20 pontos atrás do registrado na mesma época do ano passado.

Outros Estados de produção relevante, como o Paraná e Goiás, ainda não receberam chuvas em volumes necessários para regularizar o plantio, comentou Pereira, da Arc Mercosul.

"Infelizmente, ainda há regiões no oeste do Paraná, centro-norte de Goiás, oeste da Bahia que não receberam precipitações o suficiente para manter os trabalhos de campo. No Paraná, especialmente, as taxas de replantio serão altíssimas", declarou.

A Reuters reportou na semana passada ocorrências de replantio no Paraná, algo que eleva custos para os produtores.

A consultor afirmou que nos dez primeiros dias de novembro um padrão de chuvas escassas, estratificadas e irregulares volta a estacionar sobre os Estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e toda a região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), "desacelerando o plantio novamente".

Processadora de soja Imcopa deve vender plantas em leilão em 4/12, define juíza

SÃO PAULO (Reuters) - Um tribunal de Falências e Recuperações Judiciais do Paraná marcou para 4 de dezembro um leilão para vender duas plantas pertencentes à processadora de soja Imcopa, informou a empresa nesta sexta-feira.

A Imcopa, uma das maiores esmagadoras de soja não-transgênica do Brasil, disse que a venda de suas unidades nas cidades de Araucária e Cambé estava prevista em seu plano de recuperação judicial, aprovado pelos credores em 2017.

Em comunicado, a companhia de capital fechado afirmou que a decisão foi proferida na quinta-feira pela juíza Mariana Gusso. A empresa não fez comentários adicionais.

Em agosto, a Imcopa rescindiu unilateralmente um contrato com o Grupo Petrópolis para o arrendamento das duas plantas de esmagamento, enquanto se preparava para vender os ativos, alegando quebra de contrato.

O Grupo Petrópolis, que vinha operando as plantas para produzir e comercializar óleo e farelo de soja, recorreu judicialmente da rescisão antecipada do contrato, que foi assinado em 2014 e valia por dez anos.

"Com o leilão das plantas industriais, o contrato de industrialização mantido entre Cervejaria Petrópolis e Imcopa será encerrado, conforme foi previsto no próprio plano de recuperação", disse a Imcopa em comunicado.

O Grupo Petrópolis, por sua vez, disse que todo e qualquer interessado em participar do anunciado leilão obrigatoriamente deverá respeitar o contrato de arrendamento de forma integral, "bem como a liminar suspendendo os efeitos da tentativa do Grupo Imcopa em rescindir o contrato de arrendamento, mantida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná".

O Grupo Petrópolis reafirmou que cumprirá o contrato de arrendamento, que se encerra em 2024, e que continua a atuar normalmente no desenvolvimento do negócio, comprando soja, processando e comercializando os produtos derivados.

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Fonte: Reuters

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