Soja fecha em baixa com pressão China x EUA, mas BR ainda vê suporte no dólar e demanda

Publicado em 20/11/2019 17:07

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A notícia de que a fase um do acordo entre China e Estados Unidos pode não se consolidar mais em 2019 pesou sobre as cotações da soja na Bolsa de Chicago e o mercado terminou o dia em campo negativo. Os contratos mais negociados da oleaginosa terminaram o dia perdendo entre 2,50 e 4,75 pontos, com o janeiro valendo US$ 9,06 e o maio, US$ 9,33 por bushel. 

O mercado segue completamente focado nas relações entre China e Estados Unidos e, como explicam analistas e consultores de mercado, deverá seguir confinado nesse mesmo intervalo de preços visto há meses até que um acordo seja encontrado. E um acordo efetivo, com compras - e grandes compras - sendo feitas pela nação asiática no mercado norte-americano. 

A demanda principal de Pequim neste momento é de que os EUA retirem as tarifas sobre os produtos chineses e o presidente americano Donald Trump é taxativo ao dizer que nesse ponto seu governo não cede. 

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Ademais, no paralelo, o mercado segue acompanhando seus fundamentos, porém, sem que causem grandes impactos no andamento das cotações. 

Segundo Steve Cachia, consultor da Cerealpar e da AgroCulte, o mercado sente algum alívio do lado da fase final da colheita norte-americana. "De positivo é que a pressão sazonal da colheita nos EUA já cedeu e o mercado já antecipa nova queda nas estimativas de produção da safra 2019 dos EUA devido a problemas climáticos na reta final da temporada", diz.  

Se o quadro é este no mercado internacional, no Brasil o mercado segue firme com o dólar ainda em patamares elevados. A moeda americana próxima dos R$ 4,20 motiva muitos e bons negócios para os produtores brasileiros, que têm aproveitado as oportunidades e concluindo bem a comercialização da safra velha e evoluindo bem a da safra nova. 

"No Brasil, o dólar que já está em níveis recordes é o principal fator de suporte aos preços em reais no mercado interno, ameaça fugir do controle e a expectativa é de que a qualquer momento o Banco Central terá que intervir com certa agressividade", completa Cachia. 

Em função do feriado do Dia da Consciência Negra comemorado nesta quarta, 20 de novembro, em São Paulo os negócios estiveram parados com o dólar e também na Bovespa. Assim, a referência do mercado interno ficou um pouco mais fraca, mas ainda assim algumas praças de comercialização encontraram espaço para alguns ganhos. 

Nos portos, porém, os preços terminaram o dia com estabilidade para a soja da safra nova, mas recuaram nos indicativos do produto disponível. Em Paranaguá, baixa de 0,56% para R$ 89,50 por saca e em Rio Grande, de 0,34% para R$ 88,50. 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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