Soja sobe em Chicago nesta 4ª feira, mas dólar recua no Brasil e exige atenção

Publicado em 04/12/2019 09:45

Nesta quarta-feira (4), os preços da soja trabalham em alta na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa, por volta de 8h50 (horário de Brasília), subiam entre 6,25 e 6,75 pontos nos principais contratos. Assim, o contrato janeiro tinha US$ 8,77 e o março/20, US$ 8,92 por bushel. 

As cotações refletem ainda as especulações de que China e EUA poderiam, talvez, encontrar espaço para um acordo, porém, sem muita confiança. Segundo informações da agência Bloomberg, ambos os países estariam se aproximando de um consenso sobre as tarifas a serem retiradas e podem fazer as negociações evoluírem. 

Leia mais:

>> EUA e China se aproximam de fase um de acordo comercial, diz Bloomberg

No entanto, a euforia nos negócios segue bastante contida diante de quase dois anos de notícias que não se confirmam e da mudança de postura tanto do lado chinês, quanto do americano. 

"Tecnicamente, o mercado segue sobrevendido e, portanto, vulnerável a uma reação. No entanto, os temores continuam de que sem acordo comercial a China logo volta a parar de comprar soja americana. E com a colheita se iniciando no Brasil dentro de poucas semanas, haverá uma grande safra de onde se abastecer", explica Steve Cachia, consultor a AgroCulte e da Cerealpar. "Este quadro é o principal fator de pressão que temos visto recentemente", completa.

NO BRASIL

No Brasil, as atenções se voltam para o dólar, mas dessa vez em função das baixas. Nos dois primeiros dias dessa semana, a moeda americana recuou e volta a cair nesta quarta-feira. A divisda, por volta de 9h40 (Brasília), perdia 0,36% para ser cotada a R$ 4,19. 

De acordo com a agência de notícias Reuters, a queda do dólar se dava "em dia de esperanças comerciais renovadas e dados positivos sobre a produção industrial no Brasil".

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>> Dólar recua ante real com foco em produção industrial e disputa comercial

"Atenção à trajetoria do dólar, que já cravou duas quedas consecutivas, coincidentemente após Trump tarifar aço e alumínio brasileiro. E há espaço para ceder mais um pouco", alerta Cachia. 

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Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas

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