Soja fecha com leve alta nesta 3ª feira em Chicago, mas disponível recua nos portos do BR

Publicado em 10/12/2019 18:01

O mercado da soja fechou o pregão desta terça-feira (10) com leves altas na Bolsa de Chicago. Os traders parecem se manter focados na melhora das relações entre China e EUA, mesmo sem trazer grandes mudanças, e com mais atenção às informações das novas cotas da oleaginosa e de carne suína dos EUA isentas da tarifação da nação asiática. 

Além disso, o mercado quase não foi impactado pelos números trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu boletim mensal de oferta e demanda. Os dados quase não trouxeram mudanças, exatamente como era esperado. 

Nos EUA, a produção foi mantida em 96,62 milhões de toneladas e os estoques finais em 12,93 milhões. As exportações permaneceram estimadas em 48,31 milhões e o esmagamento, em 57,29 milhões. 

Sobre a safra mundial 2019/20 de soja, o USDA trouxe uma revisão para cima das estimativas de 336,56 para 337,48 milhões de toneladas. Os estoques finais passaram de 95,42 para 96,4 milhões. 

A produção brasileira foi mantida em 123 milhões e a da Argentina em 53 milhões de toneladas.

Assim, o mercado precisa de novas notícias para mudar o cenário dos preços, que agora entra em uma fase de estabilidade entre os US$ 9,00 e US$ 9,50 por bushel, segundo o consultor Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. 

E essas novas notícias, como explica o especialista, viriam do front da disputa comercial entre China e EUA, ou com problemas que pudessem ser enfrentados pela safra da América do Sul.

No Brasil, as condições parecem ter se regularizado, salvo alguns pontos que ainda exigem monitoramento e atenção, como a Bahia e o Piauí. Na Argentina, ainda faltam chuvas expressivas para boa parte das áreas produtoras e as temperaturas estão muito elevadas. 

Leia ainda:

>> Política e Clima: Os desafios do produtor da Argentina para finalizar 2019 e começar 2020

MERCADO NACIONAL

No Brasil, os preços registraram altas e baixas nos portos e interior do país, mesmo com os leves ganhos em Chicago e mais a alta do dólar. Algumas praças de comercialização viram os preços subirem até 2%, porém, o movimento não foi generalizado. Neste final de ano, os negócios vem obedecendo sua regionalidade. 

Nesta terça-feira, a soja disponível caiu 0,56% no terminal de Paranaguá e 0,34% no de Rio Grande, para encerrar o dia com R$ 88,00 e R$ 87,50 por saca, respectivamente. Já a safra nova permaneceu estável em ambos os terminais, com R$ 86,00 e R$ 87,00, nessa ordem. 

Sobre o ritmo dos negócios, Brandalizze voltou a dizer que o momento é de negócios mais limitados, principalmente com a boa evolução da comercialização da safra 2019/20 e da pouca oferta da safra velha para ser ainda a ser negociada. 

Tags:

Por: Carla Mendes| Instagram@jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Soja: Mercado realiza lucros em Chicago nesta 3ª feira, após mais de 30 pts de alta na sessão anterior
Soja em Chicago sobe mais de 30 pontos motivada por fundamentos que vão desde chuvas no RS, alta do farelo e plantio lento nos EUA
Fim da colheita de soja no RS e em Santa Catarina deve ser impactada pelas chuvas previstas para os próximos dias
Soja volta a subir forte na Bolsa de Chicago nesta 2ª feira com reflexos ainda da cheias no RS
Inundações no Rio Grande do Sul trazem grandes incertezas para a soja brasileira