Um alerta sobre acordo EUA/China na soja: "não contem com o ovo ainda na galinha"

Publicado em 24/12/2019 20:06
Traders de soja estão prematuramente entusiasmados com acordo, diz analista Marwan Younes, em Londres

Londres, 24 - Preços de soja aumentaram em resposta ao acordo provisório entre Estados Unidos e China que, de acordo com oficiais dos EUA, envolve grandes compras de produtos agrícolas norte-americanos. 

Marwan Younes, fundador da hedge fund Massar Capital Management, acredita, no entanto, que "traders podem estar prematuramente satisfeitos".

(N.R. -- Em outras palavras, Younes está dizendo que traders estão comemorando prematuramente um acordo - a fase 1 - que ainda não foi devidamente assinado pela China - ou seja, contando com o ovo ainda na galinha...)

A China parece ter concordado em comprar certos volumes de bens agrícolas dos EUA, mas não a um preço específico, diz ele.

Como consequência, o gigante asiático pode negociar para comprar a soja a preços mais baixos. Outro risco é que a China poderia comprar soja que foi importada pelos EUA da América Latina.

"É muito difícil, num mercado aberto, realmente influenciar fundamentos de oferta e demanda significativamente", diz Younes. Fonte: Dow Jones Newswires.

Trump garante que ele e Xi vão assinar acordo comercial EUA-China (na Reuters)

PALM BEACH, Estados Unidos (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira que ele e o presidente chinês, Xi Jinping, terão uma cerimônia para assinar a primeira fase do acordo comercial entre os dois países acordado neste mês.

"Sim, teremos uma cerimônia de assinatura", disse Trump a repórteres. "Em última análise, sim, quando nos reunirmos. E teremos uma assinatura mais rápida, porque queremos concluir. O acordo está feito, está sendo traduzido no momento."

China manterá a produção de grãos acima de 650 bilhões de quilos em 2020 (diz Xinhua)

Beijing, 23 dez (Xinhua) -- A produção de grãos da China deve se manter acima de 650 bilhões de quilos no próximo ano e ter uma área de cultivo acima de 95 milhões de hectares, disse no domingo o ministro da Agricultura e dos Assuntos Rurais da China.

O ministro Han Changfu fez a observação em uma reunião que reuniu os chefes dos departamentos agrícolas do nível municipal.

Ele disse que a China realizou historicamente uma grande safra de grãos por 16 anos consecutivos, atingindo 663,85 bilhões de quilos este ano, superando a meta de 650 bilhões por cinco anos consecutivos.

Apesar dos êxitos, a capacidade de produção de grãos da China ainda precisa ser consolidada, disse Han, acrescentando que pessoas em alguns lugares fizeram menos esforços no cultivo ou até o reduziram.

Para manter as grandes safras do país, o ministro disse que garantir a estabilidade de políticas e manter áreas de cultivo estáveis são essenciais.

No próximo ano, o país completará o cultivo de 5,3 milhões de hectares de terra cultivada de alto padrão e a montagem de instalações altamente eficientes de irrigação com economia de água em 1,3 milhão de hectares de terra cultivada, segundo ele.

Planos de contingência devem ser feitos para evitar infestação de insetos e lidar com secas ou inundações regionais quando necessário, enquanto o alerta precoce deve ser melhorado, disse o ministro.

A recuperação da produção de porcos e o desenvolvimento da criação animal moderna aumentarão a demanda por milho, e por isso grandes áreas de produção necessitam elevar a produtividade para garantir uma oferta estável em todo o país.

A produção de soja e o cultivo de arroz e trigo especial de alta qualidade serão encorajados, acrescentou ele.

China expressa forte insatisfação às cláusulas negativas da lei de defesa dos EUA sobre a China

  • Beijing, 24 dez (Xinhua) -- A China expressou na segunda-feira uma forte insatisfação com os Estados Unidos pelo conteúdo negativo da Lei de Autorização de Defesa Nacional 2020 dos Estados Unidos que distorce e difama o desenvolvimento militar da China e os temas relacionados com Taiwan, Hong Kong e Xinjiang e proíbe a compra de produtos chineses, disse Geng Shuang, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês.

  • Geng disse em uma coletiva de imprensa que a China apresentou protestos solenes ante os Estados Unidos a este respeito.

  • A China pede que os EUA abandonem a mentalidade da Guerra Fria e os prejuízos ideológicos, tratem do desenvolvimento da China e das relações China-EUA de maneira objetiva e racional, e não implementem cláusulas negativas contra a China para evitar danos aos laços bilaterais e à cooperação em importantes áreas, disse Geng.

  • A lei também autoriza o estabelecimento de uma Força Espacial dos Estados Unidos. Geng assinalou que os EUA têm impulsionado sua estratégia de domínio espacial e têm avançado no caminho da militarização do espaço sideral, trazendo o risco de transformá-lo em um novo cenário de guerra.

  • Estas ações violam severamente o consenso internacional sobre o uso pacífico do espaço, prejudicam o equilíbrio e a estabilidade estratégicos mundiais, e representam uma ameaça direta à paz e segurança do espaço sideral.

  • "A China está profundamente preocupada e se opõe firmemente a isso", disse Geng.

  • O porta-voz disse que a segurança do espaço sideral que os Estados Unidos têm proclamado é simplesmente a segurança para si próprios. Entretanto, o propósito fundamental da comunidade internacional é proteger a segurança comum de toda a humanidade no espaço sideral.

  • Os EUA estão obstinados na busca da militarização do espaço sideral, mas em repetidas ocasiões fazem um problema da China e Rússia, disse Geng. "Trata-se do culpado jogando a culpa no inocente e buscando pretextos para fazer o que lhes convém."

  • A China sempre defendeu o uso pacífico do espaço e se opõe à militarização e à corrida armamentista no espaço sideral. Na atual situação, há uma maior necessidade e urgência de iniciar as negociações sobre um instrumento legalmente obrigatório sobre o controle de armas no espaço sideral, disse o porta-voz.

  • "Esperamos que a comunidade internacional, em especial os países relevantes, adote uma postura prudente e responsável para proteger a paz e a tranquilidade duradouras no espaço sideral e para garantir que não se transforme em um novo campo de batalha", disse Geng.

  • Xinhua diz que China ajustará tarifas de importação para alguns produtos a partir de 1º de janeiro, mas não cita a soja

  • Beijing, 23 dez (Xinhua) -- A Comissão de Tarifas Alfandegárias do Conselho de Estado da China anunciou nesta segunda-feira que o país ajustará as tarifas de importação para uma variedade de produtos a partir de 1º de janeiro de 2020 para promover o desenvolvimento do comércio de alta qualidade.

    A comissão divulgou recentemente uma circular aprovada pelo Conselho de Estado sobre os ajustes das tarifas de importação com objetivo de implementar o espírito do 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCC), da segunda, terceira e quarta sessões plenárias do 19º Comitê Central do PCC, bem como da Conferência Central de Trabalho Econômico.

    Os ajustes serão feitos para expandir importações, promover o desenvolvimento coordenado do comércio e do meio ambiente e avançar o desenvolvimento de alta qualidade da construção conjunta do Cinturão e Rota, informou a comissão.

    Para estimular o potencial de importação e otimizar a estrutura de importações, a China implementará taxas provisórias de imposto de importação inferiores às taxas tarifárias para nação mais favorecida (MFN, sigla em inglês) para mais de 850 commodities.

    O país introduzirá ou reduzirá as taxas provisórias de imposto de importação sobre produtos como carne suína congelada, abacates congelados e suco de laranja não congelado, em meio a esforços para aumentar de forma moderada a importação de bens de consumo diário que são relativamente escassos no país ou que possuem características estrangeiras para melhor satisfazer as necessidades do povo.

    A China aplicará imposto zero de importação sobre produtos farmacêuticos que contenham alcalóides para tratamento da asma, bem como matérias-primas para a produção de novos medicamentos para diabetes, a fim de reduzir os custos de consumo e promover a produção de novos remédios, apontou a comissão.

    O país introduzirá ou reduzirá as taxas provisórias de imposto de importação para bens incluindo ferronióbio e memórias de circuitos integrados de múltiplos componentes, para expandir as importações de tecnologias avançadas, equipamentos e peças de reposição e apoiar no desenvolvimento de indústrias de alta tecnologia.

    A China também introduzirá ou reduzirá taxas provisórias de imposto de importação para alguns produtos de madeira e papel.

    A fim de promover o desenvolvimento coordenado do comércio e do meio ambiente, o país substituirá as taxas provisórias de importação sobre sucatas e resíduos de tungstênio e nióbio com tarifas de MFN a partir de 1º de janeiro de 2020, à medida que endurece a gestão de resíduos sólidos, de acordo com a comissão.

    Em 2020, a China continuará aplicando taxas tarifárias convencionais sobre alguns produtos provenientes de 23 países e regiões sob os acordos de livre comércio ou disposições de comércio preferenciais relevantes.

    Uma redução adicional de tarifas será feita conforme os pactos de livre comércio que a China assinou separadamente com Nova Zelândia, Peru, Costa Rica, Suíça, Islândia, Cingapura, Austrália, República da Coreia, Geórgia, Chile e Paquistão, bem como o Acordo de Comércio Ásia-Pacífico.

    Em 2020, o país continuará aplicando tarifas preferenciais aos produtos das nações menos desenvolvidas com quem já estabeleceu laços diplomáticos e que já concluíram a troca de notas sobre o estabelecimento das relações diplomáticas. A China também fará ajustes de países aplicáveis, de acordo com a lista das Nações Unidas dos países menos desenvolvidos e conforme as disposições no período de transição da China, informou a comissão.

    A partir de 1º de julho de 2020, a China implementará a quinta redução de tarifas MFN sobre 176 produtos de tecnologia da informação e ajustará correspondentemente as tarifas provisórias de importação de alguns artigos de tecnologia da informação.

    Os ajustes tarifários ajudarão a reduzir os custos de importação, expandir a abertura para um nível mais alto e permitir que outros países e regiões compartilhem o desenvolvimento da China.

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Fonte:
Agência Estado/Xinhua

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