Soja segue em alta na Bolsa de Chicago nesta 2ª com expectativa de melhor demanda nos EUA

Publicado em 02/03/2020 13:14

O mercado da soja mantém o tom positivo nesta segunda-feira (2) na Bolsa de Chicago e, por volta de 12h55 (horário de Brasília), os futuros da commodity subiam entre 8,50 e 9,25 pontos nos principais contratos, com o maio valendo US$ 9,02 e o julho, US$ 9,10 por bushel. Ao longo do pregão, a oleaginosa já chegou a testar ganhos de mais de 10 pontos. 

Os traders se mantêm atentos não só nas informações sobre a epidemia do novo vírus, mas também na demanda da China pela oleaginosa - e na possibilidade de a nação asiática voltar a comprar nos EUA - e no avanço da colheita no Brasil, que ainda sofre com o excesso de chuvas em alguns pontos do país.

Paralelamente, a safra e a oferta da Argentina também têm mais espaço no radar dos participantes do mercado. As lavouras sofrem com as condições climáticas em determinadas regiões, e o mercado avalia ainda a decisão do Ministério da Agricultura local de restringir as exportações de soja. 

"A alta reflete a expectativa de demanda mais firme no curto prazo. Expectativas de que com as incertezas em relação à presença da Argentina no mercado internacional de complexo soja, o produto de origem dos EUA possa ficar mais demandado", afirma Steve Cachia, consultor de mercado da AgroCulte e da Cerealpar.

O mercado acompanha as demais commodities. Entre os grãos, além da oleaginosa, sobe ainda o milho. Já o trigo volta a atuar em campo negativo. Em Nova York, o café subia mais de 5%, enquanto o petróleo sustentava altas de mais de 1%. 

A recuperação, ou ao menos uma tentativa, chega na sequência de uma semana de extrema volatilidade e severa pressão sobre todos os mercados pelas notícias do coronavírus. O mercado ainda mantém forte seu sentimento de proteção, porém, se mosrtra um pouco menos avesso ao risco neste pregão, à espera de mais informações. 

"O Covid-19 e todas as incertezas que rondam este fator, continuam sendo limitadores para qualquer tentativa de movimento altista mais contundente", completa Cachia. 

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Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas

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