Soja: Semana tem baixa acumulada de até 4% nos portos do BR com pressão do dólar

Publicado em 22/05/2020 18:08 e atualizado em 23/05/2020 19:25

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Os preços da soja no mercado brasileiro registraram uma semana de pressão bastante agressiva em função da queda do dólar frente ao real. A moeda americana registrou uma baixa acumulada de 4,54% na semana e encerrou a sexta-feira (22) sendo cotado a R$ 5,57. Assim, as referências nos portos nacionais recuaram até 4%. 

No terminal de Rio Grande, a soja disponível passou de R$ 111,00 a R$ 106,50 por saca, perdendo 4,05%, enquanto o produto da safra nova passou de R$ 106,00 a R$ 103,00 por saca, com baixa de 2,83%. Já em Rio Grande, as perdas foram de 2,27% e 2,80%, respectivamente, com os preços encerrando a semana em R$ 107,50 e R$ 104,00 por saca. 

"O mercado brasileiro de soja teve uma semana de negócios pontuais e de dificuldade na formação dos preços, que caíram de forma generalizada", relataram os analistas de mercado da agência Safras & Mercado. "O dólar recuou forte na semana, assim com os contratos futuros em Chicago. Os agentes se retraíram e as indicações são nominais na maioria das praças", complementam.

Apesar dos preços mais baixos em relação ao início da semana e, principalmente, em relação às semanas anteriores, os valores seguem elevados, trazendo boas oportunidades para os produtores brasileiros. Somente da safra 2020/21, a comercialização do Brasil já supera os 30%. 

Da temporada atual, o índice passa de 80% e sinaliza a disputa acirrada que que haverá entre o mercado interno. E a continuidade de uma demanda intensa poderá, segundo analistas e consultores de mercado, promover uma alta nos prêmios brasileiros, que esta semana permaneceram estáveis. 

BOLSA DE CHICAGO

Na Bolsa de Chicago, as cotações também recuaram na semana, sentindo, principalmente, o acirramento, novamente, das relações entre China e Estados Unidos. No final desta sexta-feira, o julho fechou os negócios com US$ 8,33 e o agosto, US$ 8,36 por bushel. 

O mercado fez alguns pequenos ajustes somente neste último pregão da semana, se preparando para o final de semana prolongado nos EUA. 

"O mercado agrícola em Chicago desacelerou neste encerramento de semana frente ao feriado do Memorial Day da segunda-feira. Operadores da CBOT não estão com a intenção de tomar o risco em manter posições abertas diante de três dias de recesso do mercado", explica a ARC Mercosul.

Além disso, com as novas farpas trocadas entre chineses e americanos, a nação asiática segue ausente das compras nos EUA e ajuda a pressionar as cotações. 

"A China se mantém uma ávida compradora da soja brasileira, enquanto se abstêm de novas aquisições do grão estadunidense. O embate travado entre Trump e Jinping está longe de um fim. Além do mais, os chineses não
têm motivos financeiros para compras do produto norte-americano", completam os analistas da ARC.

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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