Em Chicago, soja recua com maior participação de produtores americanos nas vendas

Publicado em 02/10/2020 09:04 e atualizado em 02/10/2020 09:38
O avanço da colheita americana também contribuiu para pressão no mercado

Os principais contratos futuros da soja registravam movimento de queda na manhã desta sexta-feira (2) na Bolsa de Chicago (CBOT). Por volta de 8h34 (horário de Brasília), o vencimento Novembro/20 trabalhava com baixa de 7,50 pontos, valendo US$ 10,16 por bushel, enquanto o Janeiro/21 operava com recuo de 8,00 pontos, com preço de US$ 10,19/bushel. 

De acordo com informações do site Successful Farming, os valores da soja recuaram em meio a um aumento nas vendas dos produtores americanos. O dia anterior foi marcado por movimentos técnicos de realização de lucros; o mercado vendeu seus contratos e fechou posições.

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o analista da Agrosecurity Consultoria, Fernando Pimentel, explicou que a última sessão foi uma realização de ganhos para os investidores que apostaram nas altas de 30 pontos após o Departamento de Agricultiura dos Estados Unidos (USDA) trazer seus números de estoques trimestrais abaixo do esperado.

"Os preços também estão sendo pressionados pela continuidade da colheita em grande parte do Meio-Oeste. No início da semana, 20% da safra de soja dos EUA foi colhida, ante 6% na semana anterior e à frente da média de cinco anos anteriores de 15%, conforme informações do USDA", reportou Tony Dreibus ao Successful Farming.

MERCADO INTERNO

Segundo análise da Agrifatto Consultoria, o volume de soja disponível no Brasil está reduzido, e os embarques da oleaginosa brasileira fecharam o mês de setembro/20 recuando 28% no comparativo com agosto/20. 

A quinta-feira (1) foi de calmaria no mercado nacional e internacional, de acordo com a Agrifatto. Com isso as cotações da oleaginosa no mercado físico se estabeleceram próximo dos R$ 149,00/sc, pressionado pelo recuo dos prêmios. 

"A soja brasileira entra agora em um ambiente altamente competitivo, com um volume ínfimo do produto disponível no mercado interno e a com os EUA aumentando sua colheita e oferta de grão no mercado internacional", informou a consultoria. 

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Por: Letícia Guimarães e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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