Soja sobe forte nesta 2ª em Chicago e julho retoma os US$ 16 diante do clima adverso nos EUA

Publicado em 07/06/2021 07:41 e atualizado em 07/06/2021 10:41
Chuvas estão abaixo da média para regiões importantes e traz atenção aos traders

A semana começa em positiva para os preços da soja na Bolsa de Chicago, com  o contrato julho/21 de volta aos US$ 16,00 por bushel. Perto de 7h35 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 20 e 29 pontos, e o vencimento novembro já valendo US$ 14,64 por bushel. E os ganhos expressivos se dão por conta das questões climáticas no Corn Belt. 

"O percentual de chuvas dos últimos 30 dias para as planícies do norte e norte do corredor, incluindo boa parte do estado de Iowa, está muito abaixo da média normal e isto até agora não fez muita diferença, pois a safra não se perde durante o mês de maio, mas daqui para frente as coisas mudam e as projeções climáticas não são muito animadoras para o resto do mês de junho, com chuvas abaixo do normal e temperaturas bem acima da média", explica o  diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo de Sousa.

As adversidades ganham ainda mais espaço no radar dos traders diante dos baixos estoques, já que os estoques norte-americanos são bastante apertados e a nova safra dos EUA não admite espaço para perdas. 

"As projeções futuras mostram um mês de julho menos seco do que junho, mas com chuvas abaixo da média e altas temperaturas, porém um agosto mais seco e altíssimas temperaturas", explica Sousa.

Nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz seu boletim semanal de acompanhamento de safras atualizando o índice de área plantada - com o milho já devendo estar concluído - e mais as condições das lavouras. O reporte, todavia, chega às 17h (Brasília), após o fechamento de mercado, e até lá a especulação pode se intensificar. 

Veja como fechou o mercado na última semana:

+ Soja: Ganhos em Chicago são neutralizados pelo dólar em queda no mercado brasileiro

+ Soja em Chicago encerra a semana com ganhos de mais de 30 pontos após novas mudanças no clima americano

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Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas

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