Soja segue recuando em Chicago, pressionada pelo farelo, que lidera perdas no complexo nesta 2ª

Publicado em 27/01/2025 14:34
Baixa do derivado ainda reflete baixa das retenciones

Os preços da soja continuam caindo na Bolsa de Chicago nesta tarde de segunda-feira (27). Perto de 14h15 (horário de Brasília), as perdas entre os principais vencimentos variavam de 8,50 a 9 pontos, com o maio valendo US$ 10,59 e o julho, US$ 10,71 por bushel. O mercado acompanha perdas de mais de 1% nos mercados vizinhos - milho e trifgo - e dos derivados, mais uma vez lideradas pelo farelo, que também recuava mais de 1%, intensificando as perdas sobre o grão. 

"Em Chicago, o complexo soja abre a semana no negativo, refletindo riscos tarifários e a queda das retenciones na Argentina, com o farelo liderando as quedas", explica o time da Pátria Agronegócios.

O governo de Javier Milei oficializou nesta segunda-feira (27), por meio do decreto 38/2025, a diminuição das retenciones e a eliminação do tributo nas chamadas 'economias regionais' até o meio deste ano. A oficialização com a publicação no Diário Oficial se deu após a declaração, em uma coletiva de imprensa, da equipe do ministro da Economia, Luis Caputo, no final da última semana. 

O mercado ainda recebeu, nesta segunda-feira, as informações de embarques semanais de soja abaixo das expectativas, o que ajuda a pesar sobre as cotações. Na semana encerrada em 23 de janeiro, os EUA embarcaram 729,362 mil toneladas de soja, contra projeções do mercado de 800 mil a 1,250 milhão de toneladas. 

Em todo ano comercial, porém, os embarques já totalizam 33,033,586 milhões de toneladas, 19% a mais do que no ano passado, neste mesmo período. 

Além disso, como explica o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa, "os futuros agrícolas permanecem em baixa em CBOT, influenciados pela chuva que caiu na Argentina e no sul do Brasil no fim de semana. No calendário global, a China estará fora devido ao feriado do Ano Novo Lunar que inicia na quarta-feira (29) e o sudeste Asiático celebrará o Ano da Cobra em quase dez dias, o que pode levar uma fraca demanda nesse período".

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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