Soja intensifica baixas em Chicago atenta às chuvas na Argentina e à queda do farelo nesta 6ª
Os preços da soja caem mais de 1% na Bolsa de Chicago na tarde desta sexta-feira (7), em um movimento de baixa que acometeu todas as commodities negociadas nas bolsas internacionais. "Na Argentina, as recentes chuvas impactam negativamente no farelo de soja, que pressiona a soja-grão em Chicago. No Brasil, dólar em queda amplia pressão sobre mercado físico", informou a equipe da Pátria Agronegócios.
Perto de 14h15 (horário de Brasília), as perdas no farelo passavam de 1,7%, o que acarretava em baixas entre os futuros do grão que variavam de 7,75 a 10,50 pontos nos principais vencimentos. Assim, o maio voltava aos US$ 10,66 e o julho aos US$ 10,81 por bushel.
Os volumes de chuvas que foram registrados na Argentina vieram melhores do que o esperado, porém, não garantiram um alívio generalizado para as lavouras, segundo informou a Bolsa de Comércio de Rosário. Todavia, ainda de acordo com a instituição, as precipitações "tiraram a soja do inferno". Com isso, a bolsa reduziu o índice de lavouras de soja em condições regulares ou ruins de 50% para 30%.
"Essas chuvas conseguiram interromper a deterioração da safra e a queda nos rendimentos", disse o relatório da BCR. Além disso, há mais chuvas previstas para os próximos dias, que podem dar sequência a este movimento. A estimativa da Bolsa de Cereais de Buenos Aires é de uma safra de soja de 49,6 milhões de toneladas. Algumas casas privadas de consultoria esperam que o volume possa ser ainda menor do que este, ficando perto de 45 milhões de toneladas.
"O modelo GFS, gerado nessa manhã, de modo geral aponta para os próximos 7 dias, na Argentina, clima seco em toda região produtora. Para os próximos 10 dias, acumulados leves a moderados em Santa Fé e Entre Rios, com menores acumulados em Córdoba. No Brasil, a previsão aponta acumulados leves a moderados no sul e centro-oeste do país. Promete também ausência de chuvas na BA e leste de MG", informa o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.
Indefinido, o mercado está mais cauteloso nesta conclusão de semana, de olho nas notícias que já conhece - entre fundamentos e cenário macro, incluindo as incertas relações comerciais entre China e Estados Unidos - também se preparando para a chegada do novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga na semana que vem.
As expectativas são de que o reporte traga cortes nas safras da América do Sul, mas até que os números menores se confirmem, os traders permanecem na defensiva. Assim, as condições de clima por aqui continuam a ser acompanhadas bem de perto pelos participantes do mercado.
Atenções também sobre a volatilidade do dólar frente ao real.
Acompanhe a análise de Leonel Mattos, analista sênior de inteligência de mercado StoneX:
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