Soja acompanha novas baixas dos grãos e quase 2% de queda no óleo e opera no vermelho em Chicago nesta 6ª

Publicado em 28/02/2025 14:14 e atualizado em 28/02/2025 16:04

Os futuros da soja inverteram o sinal e operam com baixas consideráveis na Bolsa de Chicago na tarde desta sexta-feira (28). Perto de 13h50 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 8,75 e 10,50 pontos nos principais vencimentos, com o maio sendo cotado a US$ 10,28 e o julho, US$ 10,42 por bushel. 

"A soja recua acompanhando a queda do milho e pela entrada da safra brasileira, aumentando a oferta global e tornando a soja brasileira mais competitiva na exportação", explica a Agrinvest Commodities. No milho, as perdas mais uma vez se aproximam de 2%, com o mercado ainda pressionado pelas estimativas de uma área maior dedicada ao cereal nos EUA, como informado ontem no Outlook Forum do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). 

De outro lado, porém, a conclusão das safras na América do Sul também estão no radar dos traders e ainda exerce alguma pressão ou limitam os ganhos na CBOT. A colheita se desenvolve agora em ritmo quase normal diante de melhores condições climáticas, ao passo em que, na Argentina, as lavouras vão seguindo um movimento de recuperação depois das perdas que se acumularam por contado calor e da seca. 

Outro ponto de atenção do mercado não só de soja, mas de commodities de uma forma geral é a relação entre China e Estados Unidos. Nesta sexta, a China alertou que imposição de novas tarifas americanas afetarão o diálogo bilateral. Em resposta às taxas adicionais do presidente americano Donald Trump, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, declarou que ameaças não são o caminho correto para negociar: ‘o respeito mútuo é a premissa básica’. 

Ainda nesta sexta-feira, os futuros do grão são pressionados pela baixas do óleo de soja negociado na Bolsa de Chicago. Perto das 14h (Brasília), os futuros do derivado perdiam mais de 1,8%, acompanhando baixas também sendo registradas entre os futuros da petróleo. 

Fonte: Notícias Agrícolas

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