Complexo Soja: Farelo perde mais de 1% em Chicago nesta 4ª feira e pressiona futuros do grão
Como já vem acontecendo durante toda a semana, depois de começar o dia com estabilidade, os futuros da soja vão intensificando suas baixas na Bolsa de Chicago ao longo do pregão. Nesta quarta-feira (17), por volta de 14h (horário de Brasília), as cotações recuavam de 5,25 a 8 pontos nos contratos mais negociados, com o janeiro já de volta aos US$ 10,54 e o maio - referência importante para a nova safra do Brasil - sendo cotada a US$ 10,77 por bushel.
E novamente, a pressão mais intensa vem dos derivados, desta vez do farelo de soja. Os futuros do farelo de soja na CBOT perdiam mais de 1%, com o contrato março - que é o mais negociado agora - sendo cotado a US$ 302,70 por tonelada curta. O óleo de soja também recua, porém, de forma mais contida, com perdas de pouco mais de 0,3% nas principais posições.
O mercado segue esperando por mais e novas notícias para se direcionar e, até que isso aconteça, os futuros da oleaginosa seguem lateralizados, confinados em um intervalo de US$ 10,40 a US$ 11,00, segundo analistas e consultores, testando os dois lados da tabela.
O clima na América do Sul, a demanda da China nos EUA e os cenários geopolíticos seguem no foco dos traders, porém, sem trazer grandes mudanças que possam "chacoalhar" os preços de forma mais intensa agora.
Assim, nem mesmo a informação de que os Estados Unidos venderam mais soja para a China e demais destinos nesta quarta-feira foram suficiente para puxar os preços.
Foram informadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) vendas de 323 mil toneladas de soja, sendo 198 mil toneladas para a China e 125 mil para destinos não revelados, além de 177,055 mil toneladas de milho também para destinos 'desconhecidos'. Os volumes são todos da safra 2025/26.
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Além disso, o dólar volta a subir nesta quarta, já chegou a registrar ganhos superiores a 1% ao longo da sessão de hoje, supera os R$ 5,50 e também pressiona os futuros em Chicago nesta quarta.