INTERNACIONAL: Argentina exportará mais grãos ao mercado asiático

Publicado em 04/03/2010 15:35
A demanda pelas colheitas da Argentina e do Brasil, e do Paraguai, em menor escala, estará mais firme, porque, mesmo com o excesso de produção nos Estados Unidos, a qualidade inferior e o alto consumo interno no país deixarão menos produtos a serem exportados. Os Estados Unidos é o maior produtor do mundo de milho e soja. 

 
Ao mesmo tempo, as restrições de venda da oleaginosa na Índia tiraram esse mercado do país, deslocando a demanda de soja para a América do Sul, continente com uma expectativa de safra recorde. 
 
Segundo especialistas, a estimativa é de a participação da região no mercado internacional de grãos dobre, crescendo 50% para a soja e 150% para o milho. 

 Em 2010, A Argetina irá colher 52 milhões de toneladas de soja, um aumento de 62,5% em relação à 2009. Já o milho, serão 19 milhões de toneladas, 46% a mais do que no ano passado. 

Seguindo este contexto, os especialistas apontam que a demanda pelos produtos da América do Sul aumentarão em relação ao milho. Os Estados Unidos colherão mais de 334 milhões de toneladas. O consumo interno norte-americano, que ultrapassa as 282 milhões de toneladas, irá acelerar a indústria de biocombustível e etanol à base do grão. Por isso e por conta dos problemas de qualidade que resultaram no atraso do plantio, a parcela para exportação foi reduzida a 50,8 milhões de toneladas. Segundo analistas, os cortes continuarão crescendo. 

Sendo assim, Brasil e Argentina, segundo e terceiro maiores produtores mundiais de milho, são os mais cotados para cobrirem essa falta. Entretanto, o analista Ricardo Baccarin explica que o Brasil tem um alto consumo  interno de milho, fato que exerce pressão na Argentina. 

Os principais compradores asiáticos de grãos são o Japão, Coreia do Sul e Indonésia
Mas o Japão é quem compra quase toda a importação que vem dos Estados Unidos, um total de 16 milhões de toneladas. Este ano, porém, comprou da América do Sul 1 milhão de toneladas de grãos. Essa foi a maior aquisição de cereais não provenientes dos EUA em 10 anos, segundo informações da Reuters. 
 
Por outro lado, a Coreia do Sul, terceiro maior importador de milho do mundo – 7 a 8 milhões de toneladas importadas anualmente – teve que renegociar a compra depois de se deparar com problemas de qualidade do grão norte-americano. 

Analistas acreditam que os preços dos produtos sul americanos poderiam ser amortecidos em Chicago por conta desse deslocamento da demanda asiática. Entretanto, dizem que ainda é cedo para dizer se os preços do milho e da soja poderiam se beneficiar na América do Sul.  
 
Na Argentina, a “supercolheita” da soja e do milho colocará um volume de grãos disponível 60% maior do que há um ano, o que poderá segurar os preços apesar da forte demanda internacional.

Tradução: Carla Mendes
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Fonte:
E-Campo.com

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