China ameaça reduzir importação de óleo de soja da Argentina
Publicado em 05/04/2010 08:58
O governo chinês decidiu retaliar as restrições impostas pela Argentina às importações de produtos asiáticos. Funcionários públicos deram expressas orientações aos importadores para não comprar óleo de soja argentino. A medida oficial foi informada durante reunião da Câmara de Comércio para Importação e Exportação de Produtos Alimentícios, do Ministério de Comércio da China, segundo revelou um operador de uma companhia internacional que opera com os dois países. "Aconselharam-nos a não comprar óleo de soja da Argentina. É parte das medidas de represália", disse o operador à imprensa local, após o encontro realizado na tarde de ontem. O boicote pode beneficiar as exportações do Brasil e dos EUA para o mercado chinês.
Se a China deixar de comprar óleo de soja argentino, o país vizinho reduzirá o volume de divisas e o governo vai deixar de arrecadar US$ 623 milhões em retenções - os impostos às exportações. As projeções são da consultoria Abeceb.
Em 2009, 45% das exportações de óleo de soja (1.904.047 toneladas com receita de US$ 1,442 bilhão) foram para a China. A perspectiva para 2010 é de vendas de 2.313.698 toneladas de óleo de soja ao mercado chinês, o que representaria US$ 1,947 bilhão em divisas.
Desse valor, o fisco arrecadaria os mencionados US$ 623 milhões, uma cifra maior do que a arrecadada no ano passado, que foi de US$ 461 milhões. Além do óleo, 72% dos grãos de soja exportados pela Argentina são destinados aos chineses.
Em princípio, as advertências de retaliações do governo chinês pareciam estar relacionadas com o conflito portuário argentino, que paralisou as exportações agrícolas durante 11 dias. Contudo, após o fim do conflito anunciado ontem, as informações detalhadas das fontes revelaram que a medida faz parte de uma estratégia político-comercial maior. Desde o fim de 2008 que a Argentina aplica uma série de barreiras comerciais aos produtos chineses. Nos últimos meses, o governo de Cristina Kirchner redobrou a aplicação de direitos antidumping a vários segmentos chineses. Por isso, surgiram as retaliações.
Autossuficiência
Fonte de uma multinacional exportadora de grãos instalada na Argentina fez outra avaliação. "A China tem uma dependência forte das importações de óleo de soja e o governo chinês busca a autossuficiência da produção local. Com as restrições à importação de soja, o governo pretende estimular a produção do grão e, a partir daí, incrementar a indústria de óleo", explicou.
Se a China deixar de comprar óleo de soja argentino, o país vizinho reduzirá o volume de divisas e o governo vai deixar de arrecadar US$ 623 milhões em retenções - os impostos às exportações. As projeções são da consultoria Abeceb.
Em 2009, 45% das exportações de óleo de soja (1.904.047 toneladas com receita de US$ 1,442 bilhão) foram para a China. A perspectiva para 2010 é de vendas de 2.313.698 toneladas de óleo de soja ao mercado chinês, o que representaria US$ 1,947 bilhão em divisas.
Desse valor, o fisco arrecadaria os mencionados US$ 623 milhões, uma cifra maior do que a arrecadada no ano passado, que foi de US$ 461 milhões. Além do óleo, 72% dos grãos de soja exportados pela Argentina são destinados aos chineses.
Em princípio, as advertências de retaliações do governo chinês pareciam estar relacionadas com o conflito portuário argentino, que paralisou as exportações agrícolas durante 11 dias. Contudo, após o fim do conflito anunciado ontem, as informações detalhadas das fontes revelaram que a medida faz parte de uma estratégia político-comercial maior. Desde o fim de 2008 que a Argentina aplica uma série de barreiras comerciais aos produtos chineses. Nos últimos meses, o governo de Cristina Kirchner redobrou a aplicação de direitos antidumping a vários segmentos chineses. Por isso, surgiram as retaliações.
Autossuficiência
Fonte de uma multinacional exportadora de grãos instalada na Argentina fez outra avaliação. "A China tem uma dependência forte das importações de óleo de soja e o governo chinês busca a autossuficiência da produção local. Com as restrições à importação de soja, o governo pretende estimular a produção do grão e, a partir daí, incrementar a indústria de óleo", explicou.
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Fonte:
DCI
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