Depois do recuo moderado da sexta em Chicago, soja volta a subir no pregão noturno de Chicago
Após os recuos da sexta-feira em Chicago, a soja abriu as negociações nesta manhã de segunda-feira em leve alta de 6 cents por bushell (vencimento maio) no pregão noturno da CME (Chicago) - confira as posições abaixo. O vencimento Julho ganhou 7 cents. O impasse entre China e Argentina, causado pelas medidas de bloqueio à invasão de produtos chineses pela presidenta Cristina Kirshner, dão folego no óleo, onde os ganhos no pregão desta manhã superam 20 pontos. O milho também se recupera, com alta de 3 cents em média. (as principais commodities negociadas em N. York, como açucar e algodão, também começam a semana em alta).
Mas na sexta-feira as cotações futuras de soja relativas aos três primeiros vencimentos fecharam com perdas moderadas, na Bolsa Mercantil de Chicago (CME). Estima-se que nesta data os fundos de especulação tenham vendido cerca de 5.000 lotes futuros (680.000 toneladas) de soja.
Analistas e traders em Chicago identificaram como motivos para o moderado recuo das cotações futuras de soja nesta data: (a) a perspectiva de clima favorável ao plantio de milho e de soja no Meio-Oeste dos EUA; (b) a falta de interesse comprador novo, no momento em que as cotações da oleaginosa referentes ao vencimento futuro Julho/2010 atingiram o seu mais alto nível desde doze de janeiro do corrente ano; e (c) a liquidação de posições especulativas compradas de soja, em Chicago, anteriormente ao fim-de-semana, em movimento típico de realização de lucros.
O recuo só não foi mais acentuado devido a fatores de suporte ao óleo de soja - e indiretamente à própria soja em grão - também presentes durante a sessão futura desta sexta-feira. Tais fatores consistiram na intensificação global dos negócios com outros óleos vegetais que não o óleo de soja, no acentuado rally de alta ocorrido nos pregões futuros energéticos (inclusive no caso do petróleo) e a constatação de que a China e a Argentina ainda estão em plena disputa comercial. Este último aspecto tende a favorecer as exportações de óleo de soja do Brasil e dos EUA.
No início do pregão futuro de soja, o Dólar dos EUA estava firme perante as cotações de outras moedas livremente conversíveis, assim como os preços futuros de commodities energéticas estavam em queda. No decorrer da sessão futura, entretanto, o Dólar norte-americano veio a ceder e os preços futuros do petróleo (NYMEX) vieram a valorizar-se.
PREGÃO NOTURNO ABRE EM ALTA DE 6 CENTS
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