Soja: Clima favorável e liquidação de posições especulativas ensejam modestos recuos nas cotações em Chicago
Analistas e traders em Chicago identificaram como motivos para o moderado recuo das cotações futuras de soja nesta data: (a) a perspectiva de clima favorável ao plantio de milho e de soja no Meio-Oeste dos EUA; (b) a falta de interesse comprador novo, no momento em que as cotações da oleaginosa referentes ao vencimento futuro Julho/2010 atingiram o seu mais alto nível desde doze de janeiro do corrente ano; e (c) a liquidação de posições especulativas compradas de soja, em Chicago, anteriormente ao fim-de-semana, em movimento típico de realização de lucros.
O recuo só não foi mais acentuado devido a fatores de suporte ao óleo de soja - e indiretamente à própria soja em grão - também presentes durante a sessão futura desta sexta-feira. Tais fatores consistiram na intensificação global dos negócios com outros óleos vegetais que não o óleo de soja, no acentuado rally de alta ocorrido nos pregões futuros energéticos (inclusive no caso do petróleo - vide gráfico abaixo) e ia constatação de que a China e a Argentina ainda estão em plena disputa comercial. Este último aspecto tende a favorecer as exportações de óleo de soja do Brasil e dos EUA.
No início do pregão futuro de soja, o Dólar dos EUA estava firme perante as cotações de outras moedas livremente conversíveis, assim como os preços futuros de commodities energéticas estavam em queda. No decorrer da sessão futura, entretanto, o Dólar norte-americano veio a ceder e os preços futuros do petróleo (NYMEX) vieram a valorizar-se.