MT: Comércio da soja atinge 69%

Publicado em 26/04/2010 15:22

Do total de 18,87 milhões de toneladas de soja colhidas pelos sojicultores em Mato Grosso nesta safra, 69,9% já foi comercializada, restando portanto cerca de 5,68 milhões de toneladas para serem negociadas. Em igual período do ano passado, o número era de 73,4%. Em março, a comercialização envolvia 63%. Segundo levantamento realizado pelo Instituto de Economia Agropecuária (Imea/MT), entidade vinculada à Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato/MT), a região do Estado com maior índice de comercialização foi a oeste, com 76,9% da produção, estimada em 2,73 milhões de toneladas nesta safra. Os sojicultores do médio-norte mato-grossense alcançaram o segundo melhor índice, com 73,4% da produção comercializada, de um total de 7,73 milhões de toneladas da oleaginosa.

“Basicamente é porque essas regiões plantaram e colheram mais cedo a soja”, explica o diretor financeiro da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Nelson Piccoli. Outro agente influenciador no avanço da comercialização é que nestes locais os produtores estão coletivamente mais organizados, diz Piccoli. “Com isso, 60% das negociações foram efetuadas antes da colheita, com vendas antecipadas e contratos futuros”, estima o diretor. Ele revela que no ano passado, até essa época, o índice de comercialização estava mais elevado. “Agora está mais lenta, por causa dos preços”.

De modo geral, ele estima que apenas 20% da safra comercializada até agora pelos produtores mato-grossenses tenha sido pós-colheita. “Com os preços de Chicago muito bem estabelecidos, nessa possibilidade de correlação com o mercado internacional, o sojicultor pode negociar sua produção com muita antecedência”, diz a analista de grãos do Imea/MT, Maria Amélia Tirloni.

Daqui para frente, o restante da soja colhida na safra 09/10 e ainda não comercializada, vai sendo negociada aos poucos, conforme a necessidade do produtor de honrar dívidas de custeio e investimento e de desocupação dos armazéns, afirma o diretor financeiro da Aprosoja/MT. “Agora, se tiver um acréscimo melhor nos preços, aí ele pode negociar tudo de uma vez”, analisa. Na opinião de Nelson Piccoli, em trinta dias será possível obter preços melhores para a soja.

Anteontem, os preços da soja acumularam alta pelo terceiro dia consecutivo na bolsa de Chicago. Contratos com vencimento em julho fecharam valendo US$ 10,15 por bushel, numa valorização de 9 centavos de dólar sobre o dia anterior, o que configurou o mais elevado patamar de preços dos últimos três meses.

Nos municípios mato-grossenses de Alto Araguaia e Rondonópolis, a saca de soja ficou cotada em R$ 31 na quinta-feira (22), numa alta de 4%, segundo o Imea/MT.


 

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Fonte:
Folha do Estado

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