Soja recupera-se em Chicago com pressão da demanda

Nesta terça-feira, quatro de maio de 2010, as cotações futuras de soja relativas aos três primeiros vencimentos fecharam mistas e com variações insignificantes, na Bolsa Mercantil de Chicago (CME), conforme a tabela acima. No início do pregão  da oleaginosa, as respectivas cotações futuras na citada bolsa desabaram para o seu mais baixo nível  considerados os últimos três meses. Tal fato foi devido aos acentuados ganhos do Dólar perante o Euro (ainda sob a influência da prolongada crise financeira na Grécia) e também perante outras moedas livremente conversíveis, assim como em decorrência do colapso dos preços futuros do petróleo, em Nova Iorque (NYMEX).

Após o forte recuo inicial, fatores distintos passaram a influir positivamente sobre as cotações de soja: (i) as cotações futuras relativas aos vencimentos mais próximos não romperam para baixo importantes níveis de suporte técnico, ao passo que as cotações futuras de farelo passaram a trabalhar em alta, depois de divulgada a notícia de que não ocorreram entregas dessa commodity na manhã desta terça-feira, por intermédio da Bolsa de Chicago; (ii) 

Conforme afirmou Tim Hannagan, analista da firma P.F.G. Best, em Chicago, "temores com respeito à possível ocorrência de geada no Meio-Oeste dos EUA entre o próximo sábado e o domingo eliminaram grande parte do desejo de parte dos traders no sentido de vender soja a descoberto"; e (iii) 

Taiwan está no mercado para a dquirir 40.000 toneladas de soja norte-americana ou sul-americana e o Egito acabou de comprar 40.000 toneladas de óleo vegetal, sendo metade de óleo de soja e a outra metade de óleo de girassol.

Estima-se que nesta data os fundos de especulação tenham comprado cerca de 2.000 lotes futuros (272.000 toneladas) de soja.