INTERNACIONAL: Governo chinês orienta empresas de óleo de soja a procurarem Brasil como fornecedor

Publicado em 05/05/2010 10:49 e atualizado em 05/05/2010 14:54

A China, maior consumidor de óleo de cozinha do mundo, pediu às empresas nacionais que procurem fornecedores brasileiros e norte-americanos enquanto o embargo às importações argentinas continua. Assim como no mês passado, para maio os importadores chineses também não pretendem receber qualquer carregamento proveniente da Argentina.

 “Especulações apontam que os negociadores têm tentado desfazer seus contratos com os fornecedores argentinos, e trocá-los por brasileiros. As importações de soja no segundo trimestre irão aumentar”, diz Tommy Xiao, analista da Shanghai JC Intelligence Co. Entre junho e abril, as importações de soja da China devem alcançar as 14 milhões de toneladas.

Desde o começo de abril, a soja teve uma alta de 5,5% em Chicago. Estimativas de aumento nas importações chinesas de soja para processamento para substituir o óleo argentino contribuíram para esse avanço.

Preços mais altos no Brasil
Em abril, A China Grain Reserves (Reservas de Grãos da China), também conhecida como Sinograin, cancelou uma carga previamente reservada de óleo de soja da Argentina. Segundo executivos do setor, algumas empresas já adotaram a medida do governo e trocaram a Argentina pelo Brasil no fornecimento de óleo de soja. Os preços no Brasil, no entanto, estão mais altos do que na Argentina, e isso tem provocado uma certa indecisão entre alguns compradores.

Já o produto vindo dos Estados Unidos enfrenta uma barreira técnica por não ter algumas certificações exigidas pelo governo chinês. As autoridades dizem, entretanto, que procuram resolver essa questão o quanto antes para encorajar as importações vindas dos EUA.

 

Leia também: ABIOVE afirma que exportação de óleo de soja brasileiro para China não deve aumentar

Com informações da Bloomberg
Tradução: Carla Mendes

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Fonte: Redação NA

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