INTERNACIONAL: China pode aliviar restrições ao óleo de soja norte-americano

Publicado em 06/05/2010 16:24
A China, o maior consumidor de óleos de cozinha do mundo, pode aliviar as restrições às importações de óleo de soja vindas dos Estados Unidos, depois de bloquear os carregamentos do produto argentino no último mês de abril alegando irregularidades sanitárias.

O país asiático exige que o governo dos EUA deve fornecer as exportações de óleo de soja com um certificado fitossanitário, atestando que o produto está livre de doenças ou pragas. Os Estados Unidos, entretanto, resistem à essa exigência afirmando que o óleo de soja é um produto processado e que isso não passa de uma barreira administrativa.

Mesmo com esses impasses, as negociações entre a China e os Estados Unidos estão em curso, mas os norte-americanos não têm cedido à nenhuma das exigências. Sendo assim, a notícia de que os chineses podem aliviar as normas será uma surpresa às autoridades dos EUA.

A suspensão, no entanto, tornou-se uma disputa comercial e as retaliações aumentam a cada dia. Diante disso, o governo chinês orientou representantes de empresas produtoras de óleo de soja para que procurem fornecedores no Brasil e na Argentina. Essa procura pode aumentar também o volume de importação de grãos de soja por parte da China, de modo que possam produzir seu próprio óleo e suprir a demanda. 

Quase todo o óleo de soja usado pela China vem da Argentina e do Brasil. Desde outubro, nos últimos seis meses, a China importou 784.157 toneladas de óleo, sendo 80% argentinos e 19,2% brasileiros. 

 “Há especulações de que a China estaria procurando por fontes adicionais para aumentar os estoques. No entanto, uma decisão definitiva ainda não foi tomada”, afirma Tommy Xiao, analista da Shanghai JC Intelligence Co.

Com informações da Bloomberg
Tradução: Carla Mendes

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Fonte: Redação NA

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