Deterioração financeira da Europa afeta cotação da soja

Publicado em 17/05/2010 06:45 e atualizado em 17/05/2010 15:49
Vencimento futuroFechamento US$/bushelVariação Cents/bushelEquivalência em US$/saco, posto ChicagoMáxima US$/bushelMínima US$/bushel
Julho9,47 1/2-11,0020,899,52 1/29,46 
Agosto9,31 1/2-10,5020,549,35 9,27 1/2
Setembro9,26 1/4-9,0020,429,28 9,22 
Fonte: CBOT/SojaNET 

Comentário

Nesta sexta-feira, quatorze de maio de 2010, as cotações futuras de soja relativas aos três primeiros vencimentos fecharam com perdas acentuadas, na Bolsa Mercantil de Chicago (CME), conforme a tabela acima. Em parte ressurgiu o receio internacional relativo a possível deterioração da situação financeira em determinados países da zona do Euro.

Mais uma vez o Dólar dos EUA voltou a valorizar-se fortemente perante o Euro, assim como voltou a prevalecer a aversão a riscos, afastando investidores e especuladores dos pregões futuros de commodities e das bolsas de valores. Os preços futuros da maior parte das commodities recuaram fortemente. Fundos de especulação venderam nesta data cerca de 3.000 lotes futuros de soja (408.000 toneladas) de soja, em Chicago.

Também de cunho negativo foram as previsões meteorológicas referentes a clima mais quente e mais seco no Meio-Oeste dos EUA, durante a semana útil que se inicia em dezessete de maio corrente, permitindo aos produtores norte-americanos reiniciar o plantio de milho e de soja e possibilitando melhor aproveitamento do intervalo ótimo de semeadura dessas duas commodities agrícolas, em diversas regiões norte-americanas.

Por sua vez, a NOPA - Associação Nacional de Processadores de Oleaginosas (nos EUA) divulgou dados conforme os quais o esmagamento de soja naquele país em abril passado situou-se em cerca de 3,6 milhões de toneladas, ou seja, aproximadamente 100.000 toneladas abaixo da média das expectativas prévias dos participantes do mercado futuro em Chicago. E também abaixo dos níveis de processamento da oleaginosa norte-americana, respectivamente em março último e em abril de 2009, isto é, 4,1 e 3,7 milhões de toneladas, aproximadamente.

Ainda conforme a NOPA, o estoque norte-americano de óleo de soja em abril último situou-se em 1,3 milhão de toneladas, acima do nível registrado em março de 2010 e do nível de abril de 2009, ou seja, em ambos os casos, na marca de 1,2 milhão de toneladas, aproximadamente.

A pressão baixista sobre as cotações futuras de soja foi parcialmente limitada tão somente pela firmeza das bases internas (prêmios internos) de soja nos EUA, na medida em que os sojicultores norte-americanos restringiram a sua oferta da oleaginosa no mercado disponível (cash market) daquele país.

A firmeza de preços no mercado físico norte-americano de soja aliada à condição excessivamente vendida (oversold) no pregão futuro da oleaginosa em Chicago conferiu algum suporte às cotações futuras de soja, naquela praça internacional, evitando quedas maiores, nos diversos vencimentos futuros.

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Fonte: SojaNet

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