Soja: Indea vai monitorar lavouras no vazio sanitário em MT até setembro
A iniciativa é uma estratégia adicional no manejo da ferrugem asiática da soja com objetivo de reduzir a quantidade de esporos do fungo na entressafra e, dessa forma, atrasar as primeiras ocorrências da doença durante a safra de verão. Foi implantado, pela primeira vez no Brasil, em 2006, em Mato Grosso, depois em Goiás e Tocantins, com resultados considerados positivos. A partir de 2007, foi adotado também em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Maranhão, seguindo instruções normativas estaduais.
O fiscal estadual de defesa agropecuária e florestal do Indea/MT, engenheiro agrônomo Antônio Marcos Rodrigues explica que se durante a fiscalização for detectada soja guaxa nas propriedades, os produtores serão autuados e orientados a eliminar as plantas. Depois de determinado prazo, os fiscais voltam ao local e, se o sojicultor não tiver acabado com a soja existente, será multado e fica sujeito à outras sanções. Durante o vazio sanitário só é permitido o cultivo de plantas da soja com os fins de pesquisa.
Entre os exemplo dos benefícios do vazio sanitário, o fiscal cita o aumento de produtividade, já que as plantas apresentam menos incidência da doença; redução nos custos da produção, uma vez que as aplicações de defensivos e fungicidas vão reduzindo de uma safra para outra. Entre as formas mais comuns de eliminação da soja guaxa estão a dragagem mecânica; dessecação química, por meio de herbicidas; e manejo do solo, por meio de cobertura com outras culturas como milheto, girassol, milho, entre outras.