Demanda por biodiesel leva MT a exportar menos óleo de soja

Publicado em 04/06/2010 07:52 e atualizado em 04/06/2010 10:37
Produção local de biodiesel saltou de 15 mil metros cúbicos em 2007 para 332 mil metros cúbicos em 2009.
Apesar de um aumento de 14% na cotação internacional do óleo de soja, Mato Grosso registrou queda de 75% no volume de exportações do produto no primeiro quadrimestre de 2010.

Dados do Ministério do Desenvolvimento mostram que o Estado exportou 31 mil toneladas do produto nos primeiros quatro meses do ano. Em 2009, no mesmo período, 123 mil toneladas haviam sido vendidas ao exterior.

Segundo a Fiemt (Federação das Indústrias de MT), o principal motivo da queda nas exportações é o aumento da demanda interna para a produção de biodiesel.

"Esse é um sinal da mudança da matriz econômica de Mato Grosso, ou seja, estamos agregando mais valor à soja produzida aqui", afirma o presidente da Fiemt, Jandir José Milan.

De 2007 a 2009, a produção local de biodiesel saltou de 15 mil metros cúbicos para 332 mil metros cúbicos, diz o Sindibio, sindicato que representa o setor no Estado.

A entidade prevê que a produção vai superar os 500 mil metros cúbicos em 2010.

No último leilão da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), 25% dos 600 mil metros cúbicos arrematados foram ofertados por empresas de Mato Grosso -a maior fatia entre os 13 Estados que participaram.

O volume comercializado, segundo a ANP, tem o propósito de atender a resolução do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) que determinou a adição de um percentual mínimo de 5% de biodiesel ao óleo diesel vendido ao consumidor final.

Segundo o presidente do Sindibio, Sílvio Rangel, o Estado tem 27 usinas de biodiesel inscritas na Secretaria da Fazenda, das quais 21 com registro na ANP. Destas, 16 estão em operação, utilizando como matéria-prima os óleos de soja (90%), caroço de algodão e gordura animal.

"O interessante do aproveitamento da soja é que são duas cadeias de produção gerando emprego e renda: a produção de combustíveis e o aproveitamento do farelo como ração animal para frango e suínos", afirma Rangel.

O farelo é um dos subprodutos do esmagamento da soja. Em 2010, o volume de exportações do produto é 22% maior do que no mesmo período do ano passado.

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Fonte:
Folha de São Paulo

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