Depois das fortes altas, grãos realizam lucros e encerram no vermelho
Segundo analistas, as cotações, que operam próximas da estabilidade, registram perdas por conta da ausência de compras de fundos especulativos frente às informações de que o mercado já assimilou os fatores de sustentação vistos nas últimas sessões. Isso, de acordo com os mesmos analistas, estimula a liquidação de posições compradas.
A oleaginosa continua sendo impulsionada pela forte demanda da China e também por expectativas de redução da produtividade na América do Sul por conta do clima seco que prejudica o início do plantio, porém a baixa do milho influencia e promove o movimento de realização de lucros.
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Dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que informavam a redução dos estoques e da produção - não só de soja, mas também de milho e trigo - ainda exercem função de suporte para os preços.
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O milho também fechou o dia com uma expressiva queda nesta quarta-feira pressionado por embolso de lucros após ter avançado recentemente. Notícias de que o governo autorizará um porcentual maior de etanol na gasolina não foram capazes de promover um rally dos preços.
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O trigo trabalha dos dois lados devolvendo parte dos ganhos provocados por recentes exportações. O Iraque comprou hoje 100 mil toneladas de trigo duro vermelho de inverno dos Estados Unidos, e o Egito reservou ontem outras 220 mil toneladas. O declínio do milho ajuda a limitar o desempenho do cereal.