Soja: Demanda chinesa firme limita perdas e sustenta cotações
A forte demanda chinesa deve limitar as perdas da oleaginosa. Nesta terça-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou a venda de mais 120 mil toneladas de soja para a China e 275 mil toneladas para destinos não revelados, o que tem limitado as perdas e promovido uma sustentação nos preços.
Paralelamente, a moeda norte-americana mais forte atua como fator negativo para os preços das commodities, já que a maioria das matéria primas são cotadas em dólar, o que as torna mais caras para os compradores estrangeiros bem como para os importadores.
O dólar dos Estados Unidos disparou durante a madrugada e todas as commodities despencaram, disse Don Roose, presidente da U.S. Commodities, de Iowa.
Notícias de que a China aumentou suas taxas de juros pela primeira vez desde 2007 com o objetivo de abrandar a inflação dos alimentos causaram um impacto negativo nos futuros dos grãos e contribuíram para a alta do dólar.
As notícias "abalaram" os compradores em geral uma vez que geram especulações e o medo de que o maior comprador mundial da soja dos EUA possa rever seu ritmo de importações, alertou Roose.
Com esses fatores, o mercado tenta descobrir o valor justo para a soja com base na recuperação da moeda norte-americana e da alteração da China em suas taxas.
Clima - O clima no Brasil também deve atuar como um fator de pressão nos preços com chance maior de que que as chuvas cheguem à regiões que estão sofrendo com a baixa umidade do solo e, por isso, têm o plantio atrasado.
O instituto de meteorologia Telvent DTN estima que o aumento da precipitação e temperaturas mais sazonais devem melhorar as condições para o plantio na soja no norte brasileiro esta semana.