Soja avança em Chicago com baixa do dólar e firme demanda chinesa

Publicado em 25/10/2010 11:12 e atualizado em 25/10/2010 13:13

A soja, o milho e o trigo encerraram o pregão noturno na Bolsa de Chicago com forte alta nesta segunda-feira frente a uma queda do dólar. A desvalorização da moeda norte-americana impulsiona a demanda pelos grãos norte-americanos e os dois movimentos acabam promovendo mais sustentação aos preços.

Segundo o economista Dennis Gartman, “a fraqueza do dólar torna os grãos dos Estados Unidos mais baratos no mercado mundial e isso traz mais compradores para a CBOT”.

O dólar caiu pelo segundo dia consecutivo em relação ao euro depois de uma reunião onde o G20 se comprometeu a “evitar desvalorizações” diante de especulações de que os governos mundiais irão comprar a moeda norte-americana para enfraquecer suas moedas. Estando mais barato, o dólar faz com que os produtos dos EUA sejam mais baratos em relação ao dinheiro de demais países e faz também com que a demanda por matéria prima seja um investimento alternativo.

“A fraqueza do dólar impulsionou todas as commodities, incluindo os grãos e as oleaginosas em Chicago”, disse ao analista da corretora Central Shoji Co., de Tóquio, Toshimitsu Kawanabe. Além do câmbio, a aquecida demanda chinesa também atua como fator de suporte.

As importações chinesas de soja podem alcançar as 60 milhões de toneladas na temporada 2010/11, impulsionadas pelos altos índices de esmagamento no país, de acordo com o CNGOIC (Centro Nacional de Informações de Grãos e Óleos da China). O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), entretanto, estima um volume de 55 milhões de toneladas.

Hoje, o departamento anunciou a venda de mais 232 mil toneladas de soja para a nação asiática.

Segundo o relatório do centro nacional,os processadores de soja chineses aumentaram suas compras da oleaginosa da nova safra da América do Sul. As esmagadoras já solicitaram 5 milhões de toneladas de soja da América do Sul até hoje, 25% a maior do que há um ano.

Outro fundamento que irá nortear o mercado é o atraso do plantio no Brasil. Os relatórios sobre a evolução dos trabalhos de campo, que serão divulgados na sexta-feira, serão fundamentais para definir também a intenção de plantio de algodão safrinha e milho em Mato Grosso, culturas que são semeadas após a colheita da soja.

Na sessão diurna desta segunda-feira, os preços continuam subindo.

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Fonte:
Redação NA

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