Diante da valorização do dólar, soja recua em Chicago
A valorização do dólar perante às demais moedas pressiona pesa no mercado de commodities agrícolas, tornando-as mais cara para compradores e investidores.
O recuo dos preços está sendo visto depois das altas de mais de 50 pontos desta terça-feira que foram provocadas pelos dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que reduziram as estimativas tanto para a produção quanto para os estoques finais da oleaginosa tanto no país quanto no mundo.
A economia também influencia na baixa dos preços. "O mercado hoje está preocupado. O dólar segue em alta perante seus pares e há também o reflexo da aversão ao risco neste momento", diz o analista de mercado da XP Agro, Ricardo Lorenzet.
Segundo o analista, o mercado teme também a retomada dos problemas fiscais na Europa e uma atuação mais séria do governo chinês em reter a expansão da atividade econômica no país. "O fato de que as importações de várias commodities recuaram na China no último mês contribui como fato de apreensão", diz.
No caso das commodities agrícolas, especialmente o milho, o cenário gráfico é bastante negativo e favorece a liquidação dos fundos por conta da ausência de novidades fundamentais no mercado após o relatório mensal de oferta e demanda do USDA.
A soja também tende a sofrer com as liquidações no milho, embora o cenário seja positivo. Isso acontece porque a posição dos fundos também é expressiva.
Às 16h29, horário de Brasília, o vencimento novembro valia US$ 13,10, recuando 8,75 pontos. O maio, referência para a safra brasileira, era cotado a US$ 13,29, com queda de 10,50 pontos.
Por Carla Mendes
Com informações da Bloomberg