Cenário atual aponta para preço da soja ainda maior em 2011

Publicado em 13/12/2010 10:20
Previsão para o trimestre é de alta nas cotações, que nessa sexta registraram pequena queda em Chicago.
Embora o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos apresentado nessa sexta, dia 11, não tenha tido o impacto positivo sobre o preço da soja, o cenário atual permite prever um 2011 de alta no preço do grão. Entre as razões apontadas para o otimismo estão a demanda chinesa – que segue em alta –, a possibilidade de estiagem prolongada na Argentina e os efeitos do clima na safra brasileira.

Considerado “conservador” por corretores e especialistas, o relatório não mexeu nas estimativas de produção e de produtividade dos EUA e também não alterou os números da produção da safra sul-americana – mantendo a mesma projeção de novembro para o Brasil e a Argentina. Houve uma redução nos estoques finais americanos em razão do aumento na previsão das exportações.

Para o consultor Carlos Cogo, o documento “não condiz com a situação real”, sobretudo no que diz respeito ao aumento do consumo chinês.

– O relatório mostra uma alta de 15,8% na demanda da China até agosto de 2011, mas o governo chinês divulga aumento de 31% de janeiro a novembro e de 89% só em novembro nas importações – completa Cogo.

O recuo do valor da soja na Bolsa de Chicago ontem – o bushel ficou em US$ 12,73 – é tratado como uma oscilação normal do mercado. O valor recorde para o grão foi registrado em julho de 2008, no período pré-crise, quando o bushel chegou a US$ 16,80. Farias Toigo, diretor da Capital Corretora, aposta na manutenção de tendência de alta no preço do grão:

– O que vai impactar mais agora é o clima. O primeiro trimestre de 2011 pode ter surpresas em relação a isso.

Com um preço de balcão na casa dos R$ 45,20 no início da semana, o produtor gaúcho vende a soja com cautela, por considerá-la de alta liquidez, como observa Valde Luiz Baratto, gerente comercial de grãos da Cotripal. Agricultores do Rio Grande do Sul não têm por hábito negociar a safra antecipadamente, a exemplo do que ocorre em Mato Grosso onde, segundo Cogo, 60% já foi vendido. No Estado, essa média não ultrapassa os 15%.

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Fonte:
Zero Hora

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