Poucas chuvas possibilitaram a retomada da colheita do milho no Paraná
Em Goiás a situação é um pouco diferente, pois o excesso de dias chuvosos está impossibilitando que a colheita seja realizada e assim as lavouras estão se perdendo no campo, mas até a última sexta-feira (11) as perdas na cultura do milho safra não ultrapassavam os 6%. Contudo, em muitos casos não é a produção que está sendo prejudicada mas a qualidade dos grãos, pois esses estão sendo colhidos com elevados teores de umidade, os que para uns é prejuízo instantâneo e para outros e aumento no custo de produção, já que estão tendo que utilizar mais horas de secador.
Já no Mato Grosso, o problema está sendo com o plantio do milho safrinha, pois o elevado número de dias chuvosos está impossibilitando a colheita da soja e consequentemente o plantio do milho. E quanto mais se atrasa o plantio, maiores são os riscos, pois a janela de plantio para o estado era até o dia 28/02.
Desse modo, como ainda falta 10% das áreas para serem plantadas, essas lavouras serão de alto risco, pois as fases de florescimento e enchimento de grãos poderá coincidir com períodos mais secos, afetando, com isso, os índices de produtividade. Esse mesmo problema está sendo observado também no Paraná, outro grande estado produtor de milho safrinha, pois a janela de plantio terminou em 20/02 e até aquele momento apenas 40% das áreas haviam sido plantadas. E apesar de já estar com 90% das áreas plantadas esse milho também é de alto risco, pois poderá sofrer com as baixas temperaturas e com períodos mais secos, justamente nas fases criticas que são florescimento e granação.
Para os próximos dias, as condições meteorológicas permanecerão inalteradas, ou seja, chuvas no centro-oeste e sudeste e tempo mais aberto no sul. As informações partem do boletim Somar de Meteorologia.