Soja se recupera e fecha com alta de quase 20 pts na CBOT; milho recua

Publicado em 16/03/2011 16:44 e atualizado em 17/03/2011 07:30
A soja voltou a fechar o dia com significativa alta nesta quarta-feira em Chicago. Depois de encerrar no limite de baixa na sessão de ontem, os preços se recuperaram e retornaram para o lado positivo da tabela.

Segundo analistas, o mercado voltou a encontrar sustentação nos fundamentos positivos para a oleaginosa - demanda aquecida e estoques mundiais bastante ajustados. Há aqueles que apostem ainda em um possível aumento da demanda japonesa após o tumulto causado pelo terremoto da sexta-feira.

Paralelamente, outro fator que impulsionou os preços foi a ausências de notícias frescas sobre a tragédia nuclear no Japão, consequência do terremoto e tsunami que atingiram o país e que pressionaram os preços nos últimos dias.

O atraso da colheita brasileira causado pelo excesso de chuvas também reflete positivamente no mercado. Além disso, as chuvas têm causado ainda problemas no transporte da oleaginosa no Brasil.

Milho - Por outro lado, o milho não conseguiu sustentar as leves altas vistas no pregão noturno e encerrou a quarta-feira recuando quase 20 pontos. Os compradores no Japão estão retardando suas aquisições do grão depois do terremoto e tsunami que devastaram o país no último dia 11 de março. A tragédia danificou os portos do nordeste japonês, suspendendo as operações de desembarques, de acordo com o presidente da Unipac Grain Ltd, Nobuyuki Chino.

Frente a este cenário de incertezas sobre a demanda do país que é o maior importador mundial de milho, os futuros do cereal negociados na Bolsa de Chicago voltaram para o lado negativo.

Essa redução nas compras do Japão podem ser repercutidas no próximo relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Segundo  Paulo Molinari, analista da agência Safras & Mercado,  o departamento pode aumentar os estoques finais naquele país em função de uma diminuição do ritmo das exportações para o Japão.

Além disso, uma troca do milho para o trigo para a fabricação de ração pelos produtores norte-americanos pode elevar ainda mais as reservas, aumentando a oferta e pressionando os preços.

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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