Em dia de extrema volatilidade, soja e milho fecham no azul, trigo no vermelho

Publicado em 13/04/2011 14:25 e atualizado em 13/04/2011 15:46
Quarta-feira de bastante volatilidade para os grãos em Chicago. Depois das expressivas altas do início do dia, os futuros dos grãos negociados na Bolsa de Chicago começam a recuar. A soja encerrou o dia com uma leve valorização, assim como o milho. Já o trigo fechou do lado negativo da tabela. 

A princípio, a soja e o milho encontravam sustentação nos bons fundamentos de oferta restrita e demanda aquecida. Além disso, alguns analistas afirmam ainda que as incertezas sobre os níveis de produção no próximo ano-safra também devem impulsionar o mercado.

Porém, a oleaginosa sente e já reflete a pressão da entrada da grande safra da América do Sul e devolve boas partes dos ganhos registrados no pregão noturno e no início do diurno. O milho, por um breve momento realizou lucros e operou no vermelho, porém retomou o fôlego e conseguiu fechar próximo da estabilidade, mas no campo positivo.

Além disso, outro fator que pesou sobre os grãos foi a alta do dólar índex. Os traders também se posicionaram com mais cautela no mercado à espera dos números do relatório de registro de exportações que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga nesta quinta-feira (14). O boletim deve sinalizar o desempenho da demanda e este será um fator de atenção para o mercado nos próximos dias, principalmente, com relação à China.

No caso do trigo, as condições climáticas se mantêm desfavoráveis e podem agir como fatores de suporte para as cotações do grão. Entretanto, o mercado fechou realizando lucros e sentindo a pressão da expectativa de uma melhora no clima norte-americano. As novas previsões apontam para uma melhora nos volumes de chuva sobre a área central e sul dos Estados Unidos nos próximos dias.

Segundo explica o analista de mercado Ricardo Lorenzet, da XP Investimentos, o movimento registrado nesta quarta-feira é um movimento natural e clássico. "O quadro fundamental de curto prazo e a percepção especulativa está complicada", diz.

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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