Soja e milho registram forte volatilidade frente ao clima dos EUA
As cotações da soja e do milho deverão ser guiadas também pela divulgação dos dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sobre o plantio do cereal no país, que, por sua vez, também dependem das condições climáticas. As apostas são de que o processo deverá ser apontado como alcançando 15% da área, o terceiro mais atrasado desde 1985.
Essa forte oscilação do mercado já pode ser sentida nas negociações desta segunda-feira. Soja e milho fecharam o pregão noturno de hoje com uma leve baixa. Porém, logo no início da sessão diurna, os preços da oleaginosa ensaiaram uma recuperação e passaram a operar no campo positivo.
O mercado encontrava sustentação na possível melhora das condições para o plantio do milho, o que diminuiria as preocupações sobre um aumento da área destinada à soja. Entretanto, por volta das 12h10, o milho já exibia um forte recuo na CBOT, contaminando os mercados vizinhos.
Para o analista Vinícius Ito, da New Edge Consultoria, "a soja deve ter uma manutenção das cotações, mas é preciso ver como estará o clima na semana. O mercado não deveria formar uma tendência baixista ainda, porque os preços têm sustentação dos estoques baixos e início do plantio, mas a volatilidade é maior nessa época do ano. No milho é ainda pior, porque os estoques estão em níveis muito críticos e a demanda interna permanece alta por causa do etanol".
Às 12h17 (horário de Brasília), o vencimento maio da soja operava a US$ 13,91 por bushel, com queda de 1,25 ponto. No caso do milho, o mesmo contrato recuava 8,50 pontos, valendo US$ 7,45 por bushel.