Plano safra não anima os produtores de soja

Publicado em 20/06/2011 11:05
O anúncio do Plano Agrícola e Pecuário feito na sexta-feira pela presidente Dilma Rousseff, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, foi considerado insuficiente pela Associação dos produtores de Soja e Milho do Mato Grosso (Aprossoja), apesar de trazer aumento de 7,2% sobre o crédito disponibilizado na safra passada.

O financiamento para a safra 2011/2012 contará com R$ 107,2 bilhões contra R$ 100 bilhões da última safra. Para o presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, a linha de crédito ainda é insuficiente para atender a demanda. O governo quer aumentar a produção de grãos em 5%, chegando a pelo menos 170 milhões de toneladas.

Silveira, que se reuniu recentemente com o ministro da Agricultura Wagner Rossi, afirmou que "o limite ainda é pequeno, pois a cada ano os produtores têm condições suficientes para aumentar a produção agrícola". Segundo projeções do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), para a próxima safra, que se inicia em setembro, espera-se uma produção de 20,8 milhões de toneladas de soja. O que corresponde um aumento de quase 11% em relação a 2010.

Em grande ato de apoio ao ministro da Agricultura, a presidente Dilma Rousseff esteve na última sexta-feira em Ribeirão Preto, para divulgar oficialmente o Plano. Além dos R$ 107,2 bilhões, o governo confirmou que irá manter R$ 16 bilhões para a agricultura familiar, o que eleva o total do Plano para R$ 123,2 bilhões.

Dilma disse que a grande modificação é que, pela primeira vez, os médios produtores terão uma linha de crédito que os atenda. "Antes, eles ficavam comprimidos entre os micro e pequenos e os grandes, sem uma política própria de crédito. O ministro Wagner Rossi resolveu isso", declarou.
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DCI

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1 comentário

  • vital José Martins Costa Velho Porto Alegre - RS

    Realmente, o médio produtor de grãos do Centro-oeste brasileiro esta desamparado do crédito agricola. Enquanto os pequenos, que se encontram, predominantemente, nas regiões sulinas estão recebendo uma justa oferta de crédito subsidiado a juros de 6% ao ano, os médios da região central tem de se arriscar aos emprestimos a juros elevados do setor privado no financiamento de suas safras. Isto tem inviabilizado a produção deste segmento que não tem como competir com grandes produtores que devido a escala de produção conseguem diminuir seus custos. Esta prática tem levado a concentração de terras por grandes grupos, indo na contramão da politica de reforma agrária.

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