Produtores de soja querem melhorar logística para aumentar exportações para China

Publicado em 29/08/2011 15:40
Para lideranças do setor, Brasil tem espaço para aumentar exportações de soja, mas para isso sé preciso melhorar sua infraestrutura.
Principal parceiro comercial do Brasil, a China deve dobrar o volume importado de soja nos próximos dez anos. Pelo menos esta é a expectativa das lideranças da classe produtora em Mato Grosso, que recentemente estiveram no país asiático. Só que para aproveitar o crescimento desta demanda, será preciso mais do que apenas ampliar a produção. Será necessário investir em infraestrutura e no melhoramento da logística brasileira.

Todos os anos a China importa 54 milhões de toneladas de soja. Pelo menos 18% deste volume sai do Brasil. Esta demanda deve crescer nos próximos anos. A estimativa da Aprosoja é de que em uma década os chineses estejam importando 100 milhões de toneladas do grão. O que abre espaço para que as exportações da soja brasileira avancem significativamente.

Mas para conseguir atender este mercado crescente será preciso investir em logística, que hoje é reconhecidamente um dos principais entraves do setor. O presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, liderou uma comitiva de Mato Grosso que permaneceu duas semanas na China. Ele explica que, enquanto no Brasil os agricultores gastam em média US$ 100 para transportar uma tonelada de soja por uma distância de 1,4 mil quilômetros, os chineses pagam apenas US$ 35 pelo mesmo serviço.

E é justamente o avanço na infraestrutura uma das perspectivas da classe produtora. Além da estimativa de ampliar a relação comercial com o mercado chinês, a Aprosoja trouxe na bagagem a confirmação de que empresários do país asiático querem investir na melhoria logística de Mato Grosso. Nos próximos 30 dias, a entidade deve elaborar um documento para firmar esta parceria com os chineses.

– Queremos elaborar um termo de cooperação para reforçar esta parceria. Os chineses querem comprar soja mais barata, por isso este investimento na logística brasileira é justificado – disse Glauber Silveira.

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Fonte: Canal Rural

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