Soja: Pessimismo climático enseja recuperação parcial das perdas em Chicago

Publicado em 05/09/2011 08:00
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Este comentário refere-se ao pregão futuro de dois de setembro de 2011. Nesta sexta-feira, as cotações futuras de soja relativas aos três primeiros vencimentos da Bolsa Mercantil de Chicago (CME) fecharam com ganhos significativos, conforme a tabela acima. Esse avanço pode ser em grande parte creditado ao presente calor excessivo no Meio-Oeste dos EUA e também à previsão climática de curto prazo, no sentido de que ocorrerão temperaturas acima de 37,8º C por dois dias consecutivos, na referida região norte-americana, sendo que a cobertura de chuvas nos próximos dias não deverá exceder 12,7 mm (aproximadamente 1,3 cm), com respeito ás regiões produtoras de soja. Firma-se o sentimento de que poderão ocorrer reduções adicionais da produtividade média estadunidense de soja de safra 2011/2012. A notável alta (também atribuída a razões climáticas) dos preços futuros no vizinho pregão de milho também influenciou o avanço das cotações futuras da oleaginosa.

Os ganhos futuros da soja em Chicago nesta sexta-feira somente não foram mais expressivos devido à valorização do Dólar dos EUA perante uma cesta de moedas conversíveis (vide o terceiro gráfico abaixo) - o que torna mais caras para os importadores globais as commodities precificadas na moeda estadunidense. Taiwan comprou 58.000 toneladas de soja brasileira. Prevalece na mencionada praça internacional a opinião de que os chineses estão concentrando no Brasil os seus embarques da oleaginosa, nesta época em que historicamente costumam carregar soja em portos norte-americanos do Golfo do México, sobretudo nos terminais graneleiros do Delta do Mississipi. A oferta brasileira da citada commodity é de fato mais intensa, neste ano de safra cheia. Ganhos mais expressivos no pregão futuro de soja desta data em Chicago foram dificultados pelo forte recuo dos preços futuros de petróleo e de energia e pelo colapso dos preços das ações de capital em bolsas de valores norte-americanas.

Traders acreditam que na terça-feira (na segunda-feira é feriado nos EUA) o Departamento de Agricultura (USDA) do mencionado país poderá reduzir ainda mais o somatório percentual referente às lavouras norte-americanas de soja julgadas em condições boas ou excelentes. A firma privada estadunidense F. C. Stone contestou a mais recente previsão do USDA pertinente à safra da oleaginosa da safra 2011/2012 dos EUA, ou seja, a previsão de cerca de 83,2 milhões de toneladas (com base em estimativa daquele órgão oficial de produtividade média de 46,40 sacos por hectare). A F.C. Stone publicou a sua própria previsão de aproximadamente 82,5 milhões de toneladas (com base em sua estimativa de produtividade média de 46,07 sacos por hectare). Por sua vez, a empresa também estadunidense Lanworth, Inc. que utiliza sofisticadas imagens via satélite processadas por softwares avançados menciona produtividade média norte-americana de soja no ano-safra 2011/2012 da ordem de tão somente 44,83 sacos por hectare (40 bushels por acre).

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Fonte:
SojaNet

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