Cana no Nordeste: Governo corrige erro e libera subsídio ao produtor com valor maior

Publicado em 16/05/2013 16:30

Depois de ser vetada pela própria presidente Dilma Rousseff, o governo federal retrocede e decide liberar subvenção econômica aos produtores nordestinos de cana. O valor do benefício também será reajustado. Ele vai de R$ 10 para R$ 12 por tonelada de cana fornecida. A decisão foi repassada pela equipe econômica do governo à União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), durante reunião realizada no início da tarde desta quinta-feira (16), no Ministério da Fazenda, em Brasília. 


“O governo se comprometeu em inserir o subsídio com valor reajustado na medida provisória 613, ou na MP 603”, informa Alexandre Andrade Lima, presidente da Unida. O dirigente diz que a reunião foi fundamental para sensibilizar o governo sobre o caos em que vive o setor canavieiro por conta da longa estiagem. “A dimensão do impacto e do prejuízo foi apresentada detalhadamente, contribuindo para que o governo pudesse reparar o que seria um significativo erro com o segmento agrícola”, diz. 


Os presidentes do Sindicato dos Cultivadores de Cana de Pernambuco e da Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas, Gerson Carneiro Leão e Lourenço Lopes, respectivamente, também estavam na reunião.


A interlocução entre o governo e os representantes do setor canavieiro foi feita pelo deputado pernambucano Pedro Eugênio (PT-PE), autor da emenda parlamentar favorável à subvenção na Medida Provisória 587, vetada pela presidente Dilma, no último dia 8. “O deputado tem nos apoiado desde a submissão da emenda. Foi fundamental para consertar o que seria a maior injustiça com os produtores do NE”, agradece Lima. 


Protesto – Porém, mesmo com a mudança de posição do governo, os produtores manterão a manifestação marcada para inauguração da Arena Pernambuco, próxima segunda-feira (20), quando contará com a participação de Dilma. “A mobilização continua. Queremos que a presidente escute o clamor do povo nordestino que ainda sofre por conta da seca”, diz Lima.

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Fonte:
Unida

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