Sucroalcooleiro convive com baixas, mas espera valorização

Publicado em 10/07/2013 18:33
Amargo das quedas pode ter fim com outros fatores externos do câmbio, clima e outros.

Na semana passada, o mercado de açúcar fechou novamente em queda. “Essa queda, paradoxalmente, é diferente das outras quedas. Isso por que as usinas que não possuem passivo em dólares estão comemorando a valorização da moeda norte-americana, que afeta as commodities, mas que melhora a fixação das exportações equivalentes em reais”, comenta Arnaldo Corrêa, gestor de riscos em commodities agrícolas e diretor da Archer Consulting.
 
De acordo com o gestor de riscos, as empresas mais capitalizadas olharam com atenção a valorização da moeda americana e fizeram algum volume de NDF (contrato a termo de moeda estrangeira com liquidação financeira) para vencimento o ano que vem que, combinado com a fixação de NY, trazia um valor em reais bem acima do custo de produção médio.
                                                                                        
Pelo modelo da Archer Consulting – empresa de assessoria em mercado de futuros, opções e derivativos agrícolas –, a fixação para a safra 2014/2015, se realizada desta maneira (hedge de NY e moeda ao mesmo tempo) pode render 27% acima do custo de produção. “As fixações das usinas para a safra 2013/2014 se aceleraram neste mês de junho, chegando a 18,6 milhões de toneladas, cerca de 70% do volume previsto de exportação, com preço médio de 17,91 centavos de dólar por libra-peso”, completa ele.
 
Alguns especialistas destacam que o mercado internacional de açúcar terá enorme dificuldade de se valorizar, mas reconhecem que o clima, o câmbio e o cenário macro podem fazer toda a diferença. “Mas o fato é que ninguém levanta nenhuma bandeira altista. Todos parecem continuar a olhar o mercado com olhos desconfiados. No entanto, o mercado tem se sustentado muito bem em reais, mas ainda está abaixo da média de 200 dias, situação rara de se observar. Longe de ser altista, acredito que vamos entrar numa fase mais construtiva de preços e ela virá principalmente por meio de um desses três pontos: clima, câmbio e cenário macro” conclui Arnaldo.

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Fonte:
Archer Consulting

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