Para UNICA, Frente Parlamentar será vital para conscientizar o País sobre evolução do setor sucroenergético, mesmo sob condições

Publicado em 05/11/2013 15:52

Apesar de diretamente prejudicada pela ausência de políticas públicas adequadas e por interferências no mercado de combustíveis que distorcem os preços e prejudicam a competitividade do etanol, a cadeia produtiva da cana-de-açúcar vem fazendo sua parte, investindo pesadamente para ganhar eficiência e produtividade, a ponto de atingir uma safra recorde este ano. Para a presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Elizabeth Farina, disseminar essa realidade será uma das principais tarefas da Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético, lançada oficialmente hoje em Brasília e coordenada pelo Deputado Federal Arnaldo Jardim (PPS-SP).

 
“É muito importante que a sociedade saiba que mesmo com resultados negativos nos últimos anos e às custas de um endividamento crescente e perigoso para o setor, as empresas tem investido fortemente em tecnologia para melhorar seu desempenho, aumentar a produção e melhorar a sustentabilidade. Infelizmente, os bons resultados do lado da produção não estão se traduzindo em retorno financeiro. O preço médio nominal pago pelo etanol na usina é decrescente nos últimos três anos, enquanto os custos estruturais e conjunturais da produção tem crescido sem trégua,” afirma Farina.
 
Só em 2012, foram investidos mais de US$4 bilhões na renovação e expansão dos canaviais da região Centro-Sul, onde se produz 90% da cana-de-açúcar brasileira. Entre 2006 e 2012, a implantação da colheita mecanizada no Centro-Sul consumiu US$4,5 bilhões, enquanto outros US$4,5 bilhões foram investidos em mais de 80 usinas para ampliar a oferta de bioeletricidade e a geração de excedentes para a rede de distribuição. Ferrovias, terminais, armazéns e a infraestrutura portuária para exportação receberam cerca de US$1,5 bilhão, com outros US$3,5 bilhões programados até 2017 para a construção de dutos e hidrovias, que vão compor o maior sistema de transporte de biocombustíveis do mundo, com mais de 1.300 quilômetros.
 
“Isto tudo não leva em consideração os recursos cada vez maiores, dedicados ao desenvolvimento do etanol celulósico, ou de segunda geração. Não é por acaso que nossas empresas hoje obtém entre 7 e 8 mil litros de etanol por hectare, enquanto a produção de etanol de milho, nos Estados Unidos, não ultrapassa os 4 mil litros por hectare,” frisou a presidente da UNICA, lembrando que o etanol brasileiro permanece o único no mundo reconhecido pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) como um biocombustível avançado. A EPA reconhece que o etanol de cana reduz a emissão de gases que levam às mudanças climáticas em até 90% comparado com a gasolina, contra uma redução de no máximo 30% obtida pelo etanol de milho.
 
Para Farina, mesmo enfrentando sérias adversidades, o setor sucroenergético continua dando uma clara demonstração de compromisso com o País e com o consumidor, enquanto espera por decisões que cabem ao governo pois envolvem aspectos que só dependem da administração pública. “Nos últimos dias, a mídia está repleta de declarações sobre um novo sistema de precificação de combustíveis que estaria sendo considerado pela Petrobras. Essa é uma reivindicação muito antiga que temos levado sistematicamente ao governo. Esperamos que desta vez a medida aconteça, para eliminar as distorções impostas ao mercado que tanto prejudicam a competitividade do etanol e as contas da própria Petrobras,” disse.
 
Farina concluiu elogiando a abertura que vem sendo demonstrada por diversas áreas do governo no sentido de aprofundar a abordagem de temas de importância chave para o setor sucroenergético. “Os canais de comunicação estão abertos e a troca de informações tem sido extremamente produtiva e positiva. Todos hoje conhecem em detalhes as informações essenciais para a tomada de decisões. É hora de avançar para viabilizar a retomada do crescimento do setor sucroenergético, e a Frente Parlamentar lançada hoje terá um papel decisivo nesse processo,” concluiu, parabenizando o Deputado Arnaldo Jardim pela iniciativa e pelo forte apoio obtido entre parlamentares de todos os partidos representados na Câmara Federal.
 
A Frente liderada por Arnaldo Jardim é a terceira lançada nas últimas semanas em apoio ao setor sucroenergético. A primeira, lançada no dia 03 de outubro na Assembleia Legislativa de São Paulo, foi a Frente Parlamentar em Defesa do Setor Sucroenergético, liderada pelos deputados estaduais Roberto Morais e Welson Gasparini. Posteriormente, no dia 23 de outubro, foi lançada também na AL paulista a Frente Parlamentar em Defesa dos Municípios Canavieiros, coordenada pela deputada estadual Beth Sahão.

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Fonte:
Unica

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