Desafios e perspectivas mundiais para o setor sucroenergético são apresentados no Sugar & Ethanol Brazil 2014

Publicado em 26/03/2014 16:10 e atualizado em 26/03/2014 19:36
Promovido pela F.O Licht’s, evento reuniu representantes da indústria nacional e internacional, além de governo e organizações não governamentais

O Sugar & Ethanol Brazil, promovido pela F.O Licht’s e Grupo Informa, nos últimos dias 24, 25 e 26 de março, em São Paulo, apresentou por meio de palestras e debates, cenários, cases, desafios e perspectivas mundiais a respeito do setor sucroenergético.

Com uma agenda que reuniu representantes da indústria nacional e internacional, além de governo e organizações não governamentais, o evento abriu dando as previsões da consultoria F.O Licht’s para a safra 2014/2015. Segundo a empresa, o Centro-Sul do Brasil, principal região produtora de cana-de-açúcar do Brasil, processará 575 milhões de toneladas de cana, volume 3,5% inferior ao mesmo período de 2013/2014. A produção de etanol deve cair menos, e ficar em 25,35 bilhões de litros contra 25,5 bilhões de litros em 2013/2014.

Para a produção de açúcar, a F.O Licht’s prevê 31,1 milhões de toneladas, contra 34,3 milhões em 2013/2014, uma redução de 9,3%. “Essa queda significativa na produção de cana deve-se às geadas do ano passado e à forte estiagem desse ano”, afirmou Stefan Uhlenbrock, analista de açúcar da F.O Licht’s.

Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), nas últimas cinco safras, 44 usinas fecharam as portas e 12 suspenderam as operações. Ainda assim, tivemos uma safra recorde no ano passado. “A cana plantada foi direcionada para outras usinas, por isso não deixou de ser moída. O desafio é manter essa produção com uma quantidade cada vez menor de usinas”, disse Elizabeth Farina, presidente da UNICA.

Para ela, essa situação de crise no setor seria amenizada com duas medidas – o término da implementação da redução da alíquota PIS/Cofins, que incide sobre o biocombustível e a elevação da mistura de anidro na gasolina (que hoje é de 25%). Inserção do etanol na matriz energética brasileira, previsibilidade, retorno da cobrança da CIDE sobre a gasolina e que os preços desse combustível fóssil sejam regulados pelo mercado internacional, além da definição de uma política energética clara por parte do governo também foram os pleitos apresentados por empresas do setor presentes no encontro.

“Estamos trabalhando pela competitividade do etanol. E o governo enxerga o setor como vital para o Brasil”, afirmou Ricardo Dornelles, diretor do Departamento de Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia (MME), durante o evento.

A certificação no setor de açúcar e etanol com foco na excelência dos produtos e também como oportunidade de exportação, principalmente para o mercado europeu onde são aceitos apenas biocombustíveis certificados também foi abordada. “A obtenção do certificado garante não só rastreabilidade aos diversos setores que têm o açúcar e o etanol como matéria-prima, como também transparência na origem do produto”, disse Michel Henrique R. Santos, vice-presidente da Bonsucro.

Um workshop direcionado às usinas com painéis sobre a adequação ao novo Código Florestal, adoção de tecnologias e iniciativas para o uso responsável do solo e implantação de indicadores e políticas de responsabilidade ambiental encerrou o último dia de atividades do encontro que comemorou 10 anos de existência.

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Fonte:
F.O Licht’s e Grupo Informa

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