Lucro do Grupo São Martinho cai 11% no 1º tri da safra 2018/19; moagem cresce

Publicado em 13/08/2018 17:50 e atualizado em 13/08/2018 21:42

SÃO PAULO (Reuters) - O Grupo São Martinho, um dos mais tradicionais do setor sucroenergético brasileiro, reportou nesta segunda-feira lucro líquido de 104 milhões de reais no primeiro trimestre da safra 2018/19 (abril a junho), queda de 11 por cento na comparação anual, em meio a uma menor receita com açúcar e carregamento de estoques de etanol para venda futura.

A geração de caixa da companhia, medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), foi de 401,4 milhões de reais no trimestre, queda de 15,6 por cento ante igual período da temporada passada.

A receita líquida da empresa, que conta com quatro usinas nos Estados de São Paulo e Goiás, foi de 771,2 milhões de reais no trimestre, recuo de 11,1 por cento.

"A principal razão para a queda foi o menor preço médio e volume de açúcar vendido", destacou a companhia.

O Grupo São Martinho vendeu 307,5 milhões de reais em açúcar no primeiro trimestre da safra, 44,4 por cento menos, dada a "redução do preço médio de comercialização do açúcar em 22,9 por cento... além da redução de 27,8 por cento no volume vendido, em linha com a estratégia de direcionar maior mix de produção para etanol nesta safra".

Usinas de todo o centro-sul do Brasil têm maximizado a fabricação de álcool neste ano, já que o biocombustível está mais atrativo que o adoçante.

A receita líquida das vendas de etanol do Grupo São Martinho totalizou 373,1 milhões no trimestre, 60,3 por cento maior na comparação anual. Os ganhos, contudo, não foram maiores porque a empresa está segurando estoques para vender na entressafra, quando os preços do álcool são sazonalmente mais altos.

"Teremos até o final da safra aproximadamente 980 mil metros cúbicos de etanol para comercializar --tal quantidade representa 87 por cento da produção total do ano", afirmou a companhia.

O Grupo São Martinho processou 9,5 milhões de toneladas de cana no primeiro trimestre da safra 2018/19, crescimento de 8,8 por cento em relação ao volume processado no mesmo período da safra passada.

"A combinação do aumento no volume de moagem de cana com o aumento de 5,5 por cento no ATR (Açúcares Totais Recuperáveis) médio refletiu no incremento de 14,8 por cento no total de ATR produzido, representando aproximadamente 43 por cento do volume previsto de produção de açúcar e etanol na safra 2018/19."

Em 30 de junho de 2018, o Grupo São Martinho detinha fixações de preços de açúcar para a safra 2018/19 em 504,5 mil toneladas, ao preço médio de 14,49 centavos de dólar por libra-peso.

(Por José Roberto Gomes)

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Fonte:
Reuters

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