Em dia de baixas nos mercados, açúcar barato, rolagem e menor oferta da Índia (19/20) fazem NY reagir

Publicado em 28/01/2019 16:17
Açúcar: Preços sobem em NY com produto barato, rolagem e menor oferta 2019/20 da Índia

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O clima de mau humor que tomou conta dos mercados na abertura da semana, contaminados por China e Estados Unidos, não pegou o açúcar na ICE Futures (Nova York), o que não é muito usual sendo uma commodity sem liquidez como vem se mostrando há tempos e particularmente quando o barril do petróleo tem forte movimento. Tudo desceu (inclusive no Brasil) e o açúcar subiu bem com a primeira pista sendo buscada no pregão da sexta.

A expressiva desvalorização de mais de 50 pontos na tela de março, atribuída por alguns analistas internacionais a um grande volume de contratos em aberto colocados à venda, deu suporte para a correção de mais 35 pontos nesta segunda (28), fixado em 12.79 c/lp. E teria também estimulado um movimento de compras com o açúcar barato.

Na contramão do recuo do Brent em Londres, que caiu abaixo dos US$ 60/barril, das bolsas e das outras commodities - por complicações no acordo China-EUA, mais preocupações com a economia chinesa apesar da liberação de parte dos compulsórios dos bancos e a ameaça do governo americanos paralisar novamente -, o mercado também aproveitou para rolar posições.

De acordo com Maurício Muruci, da Safras & Mercados, "o driver já está no radar da mudança de março para maio", diz, lembrando que ambos também estão próximos (o maio fechou em 12.89 c/lp, reforçado em 30 pontos).

Vai merecer também atenção daqui pra frente as expectativas de disponibilidade menor de açúcar da Índia na safra 19/20, que começa em outubro. O país asiático vai tirar 1 milhão de toneladas este ano para suprir o blend de etanol na gasolina, mas já avisou que subirá para 3 milhões na próxima temporada. E o outubro em Nova York saiu valendo 13.37 c/lp, em mais 30 pontos. E todas as telas para 2020 sinalizam essa tendência, completa Muruci.

Índia no longo prazo, e Brasil no curto: começa a ficar mais evidenciada outra quebra brasileira no Centro-Sul pela seca e calor desde dezembro, sobre cana velha (e pouca ajudada com as chuvas de outubro/novembro depois de longa estiagem).

Embora o volume ficará conhecido basicamente no início da safra, Notícias Agrícolas há dias vem dando uma série sobre várias regiões produtoras, nas quais os agentes locais dizem que mesmo as chuvas voltando a cana de início de safra já pode ser contabilizada como menor.

Mas os mapas climáticos nem dão esperanças de melhora substantiva.

 

 

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Por:
Giovanni Lorenzon
Fonte:
Notícias Agrícolas

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