Açúcar recua pela segunda sessão seguida nesta 5ª em NY e Londres

Publicado em 18/03/2021 15:14 e atualizado em 19/03/2021 15:21
Mercado acompanha recuo de mais de 5% do petróleo, além de perspectivas para a safra global 2021/22

​Segunda sessão consecutiva de baixa para as cotações do açúcar nas bolsas de Nova York e Londres nesta quinta-feira (18). O mercado voltou a acompanhar a queda do petróleo e perspectivas para a safra global 2021/22, apesar de sinais positivos da China.

O principal vencimento do açúcar na Bolsa de Nova York caiu 0,63%, cotado a US$ 15,89 c/lb, com máxima no dia de 16,10 c/lb e mínima de 15,81 c/lb. O branco em Londres finalizou esta sessão com desvalorização de 0,55%, a US$ 456,00 a tonelada.

O açúcar retomou as mínimas de uma semana nesta quinta-feira em Nova York acompanhando a queda expressiva do petróleo, mais de 5%, em um dia marcado pelo recuo generalizado das commodities. O petróleo repercute um dólar mais forte e aumento nos estoques de petróleo e combustível dos EUA.

Além disso, segue a preocupação com a demanda por conta da pandemia do coronavírus.

"A retórica do 'super' ciclo do preço do petróleo está finalmente tendo um certo impacto sobre a realidade. O sentimento negativo foi desencadeado por dúvidas na Europa sobre a vacina AstraZeneca e foi ossificado pelos estoques de petróleo bruto dos EUA de quase 2,4 milhões de barris", disse à Reuters Louise Dickson, analista de petróleo da Rystad Energy.


 Açúcar retomou as mínimas de uma semana nesta quinta-feira na Bolsa de Nova York - Foto: Unica

Nos fundamentos, a trading inglesa Czarnikow reforçou nesta quinta-feira (18) que vê possibilidade de um superávit global de 3 milhões de toneladas de açúcar na safra 2021/22 (outubro-setembro), mas condicionada com a safra em importantes origens.

"Isso só vai se concretizar se tivermos boas safras dos quatro principais produtores: Brasil, Índia, Tailândia e UE", disse a trading.

Veja mais:
» Czarnikow reafirma previsão de superávit global de açúcar de 3 mi t em 2021/22

Como fator positivo ao mercado, o dia também foi marcado por sinais da demanda chinesa. As importações do país em fevereiro dispararam cerca de 90% no comparativo anual, para 430 mil t, e nos dois primeiros meses do ano totalizaram mais de 1 milhão de t.

Mercado interno

O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, fechou com alta de 1,21%, a R$ 108,32 a saca de 50 kg na quarta-feira (17).

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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