Açúcar recua forte pela segunda sessão nas bolsas de NY e Londres

Publicado em 29/04/2021 14:28
Continuidade do movimento de realização de lucros, além de atenção para safra nas origens e cenário global

​Os futuros do açúcar recuaram forte na sessão desta quinta-feira (29) nas bolsas de Nova York e Londres, após chegarem a operar em alta durante o dia. A segunda queda consecutiva acompanhou um movimento de realização de lucros depois do teste de importantes resistências.

O principal vencimento do açúcar na Bolsa de Nova York fechou a sessão com desvalorização de 1,23%, cotado a US$ 16,93 c/lb, com máxima de 17,38 c/lb e mínima de 16,46 c/lb. O tipo branco em Londres registrou perdas de 2,05%, negociado a US$ 453,20 a tonelada.

"Os preços do açúcar esta manhã estão moderadamente mais baixos, com o açúcar de NY caindo para mínimas de uma semana e o açúcar de Londres de duas semanas", disse em nota a consultoria Barchart.

A entidade ainda destaca que o seguimento do mercado baixista no dia também acompanhou liquidação com divulgação do Rabobank. Apesar das preocupações com o Brasil, o banco ainda vê superávit no país em 2021/22, além de altos estoques globais com as safras anteriores.


Apesar de queda no dia, operadores seguem acompanhando safra brasileira - Foto: Reuters

Além das movimentações mais técnicas, o mercado internacional do açúcar também acompanha de perto as informações sobre outras importantes origens. O Commerzbank destacou que há perspectivas de melhora na oferta do adoçante em produtores da União Europeia, além de Índia e Tailândia.

Por outro lado, segue a contínua preocupação com a safra brasileira, com seca história em algumas áreas de São Paulo. Também há otimismo do mercado com a demanda aquecida pelo adoçante brasileiro neste início de safra com salto na programação de navios nos últimos dias.

A Somar Meteorologia prevê que um melhor cenário de chuvas no Centro-Sul deve ocorrer apenas na virada de maio. “Quem está precisando de chuva pra ontem, essa notícia de precipitação somente de maio pra junho sem dúvida nenhuma é um banho de água fria”, disse o meteorologista Celso Oliveira.

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Do lado do financeiro, o acompanhamento no dia é para a valorização do dólar sobre o real, fator que encoraja as exportações das commodities do Brasil, mas que pesa sobre os preços externos.

Mercado interno

Após avanços seguidos nos últimos dias, ontem, houve novas perdas para o açúcar no Brasil. O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, caiu 0,87%, cotado a R$ 110,97 a saca de 50 kg na véspera.

Já no Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, negociado a R$ 114,01 a saca, segundo dados reportados pela Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha na última sessão o preço FOB cotado a US$ 18,76 c/lb, com queda de 3,43% sobre o dia anterior.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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