Mercado do açúcar tem sessão volátil, mas ameniza recuo e fecha 4ª feira com leves baixas
O mercado do açúcar registrou uma sessão de intensa volatilidade, testou os dois lados da tabela, porém, amenizou as oscilações e concluiu o pregão desta quarta-feira (12) na Bolsa de Nova York com pequenas baixas. Os futuros do adoçante perderam de 0,05% a 0,15%, com o março ficando em 18,68 centavos de dólar por libra-peso e o julho com 17,29 cents/lp.
Mais cedo os preços davam sequência às altas que foram registradas na sessão anterior, encontrando apoio no petróleo - que também subia de forma expressiva - e nas preocupações com a oferta menor no Centro-Sul do Brasil. Todavia, com o financeiro pesando e a aversão ao risco ficando mais presentes nos mercados, as cotações voltaram a operar no vermelho.
Nesta quarta, o petróleo terminou o dia com mais de 2%, tanto no WTI, quanto no brent, levando o WTI a ser cotado a pouco mais de US$ 87,00 por barril. Parte das baixas se deu também com a pressão do financeiro e os temores de uma recessão, com a OPEP (Organização dos Países Produtores) cortando suas projeções de demanda não só para 2022, como também para 2023.
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Ainda assim, permanecem as atenções no mercado do açúcar aos números da produção.
Dados que foram trazidos ontem pela Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bionergia) mostraram um recuo na produção do Centro-Sul brasileiro. No acumulado desde o início da safra 2022/2023, a fabricação do adoçante totaliza 26,33 milhões de toneladas, frente às 29,23 milhões de toneladas do ciclo anterior, uma baixa de 9,9%.
Por outro lado, os dados que mostram um aumento na produção indiana em cerca de 17% frente ao ciclo 2021/22, de acordo com dados do Ministério do Consumidor, Alimentação e Distribuição Pública, pesam para o outro lado e limitam a força de alta nas cotações do adoçante.
A formação dos preços do açúcar branco na União Europeia também influenciam o andamento dos futuros, principalmente porque a produção do bloco deve apresentar uma queda de 6,9% na temporada 2022/23 em função de adversidades climáticas.