Mercado do açúcar tem sessão volátil, mas ameniza recuo e fecha 4ª feira com leves baixas

Publicado em 12/10/2022 16:41

O mercado do açúcar registrou uma sessão de intensa volatilidade, testou os dois lados da tabela, porém, amenizou as oscilações e concluiu o pregão desta quarta-feira (12) na Bolsa de Nova York com pequenas baixas. Os futuros do adoçante perderam de 0,05% a 0,15%, com o março ficando em 18,68 centavos de dólar por libra-peso e o julho com 17,29 cents/lp.

Mais cedo os preços davam sequência às altas que foram registradas na sessão anterior, encontrando apoio no petróleo - que também subia de forma expressiva - e nas preocupações com a oferta menor no Centro-Sul do Brasil. Todavia, com o financeiro pesando e a aversão ao risco ficando mais presentes nos mercados, as cotações voltaram a operar no vermelho. 

Nesta quarta, o petróleo terminou o dia com mais de 2%, tanto no WTI, quanto no brent, levando o WTI a ser cotado a pouco mais de US$ 87,00 por barril. Parte das baixas se deu também com a pressão do financeiro e os temores de uma recessão, com a OPEP (Organização dos Países Produtores) cortando suas projeções de demanda não só para 2022, como também para 2023. 

Ainda assim, permanecem as atenções no mercado do açúcar aos números da produção.

Dados que foram trazidos ontem pela Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bionergia) mostraram um recuo na produção do Centro-Sul brasileiro. No acumulado desde o início da safra 2022/2023, a fabricação do adoçante totaliza 26,33 milhões de toneladas, frente às 29,23 milhões de toneladas do ciclo anterior, uma baixa de 9,9%.

Por outro lado, os dados que mostram um aumento na produção indiana em cerca de 17% frente ao ciclo 2021/22, de acordo com dados do Ministério do Consumidor, Alimentação e Distribuição Pública, pesam para o outro lado e limitam a força de alta nas cotações do adoçante. 

A formação dos preços do açúcar branco na União Europeia também influenciam o andamento dos futuros, principalmente porque a produção do bloco deve apresentar uma queda de 6,9% na temporada 2022/23 em função de adversidades climáticas. 

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas

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