Açúcar fecha com nova baixa e perdas nesta semana ultrapassam 5% em NY e Londres
Os preços do açúcar fecharam esta sexta-feira (17) com a quarta baixa registrada nesta semana. Com as novas perdas, na comparação semanal, as cotações contabilizaram recuo de até 5,37% entre os principais contratos da Bolsa de Nova York e de 6,21% na Bolsa de Londres. As perdas são motivas por uma perspectiva de boa oferta tanto pela produção brasileira quanto pela asiática.
Segundo o analista de açúcar e etanol da Safras & Mercado, Mauricio Muruci, agora os 17 cents/lbp na Bolsa de Nova York já são um alvo, a questão é se é cedo para falar desse valor. Como ele ressalta, após a estimativa de produção de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil para 2025/26 ir a 605 milhões de toneladas por conta dos incêndios do ano passado, agora já se cogita 630 milhões de toneladas, podendo até superar esse total. Além disso, de acordo com ele, a Ásia como um todo deve ter um aumento produtivo por conta boas chuvas de monções.
Muruci afirmou que desde novembro, tendo em vista a recuperação dos canaviais no Brasil, já cogitava valores de 19 cents/lbp na primeira quinzena de janeiro e de 18 cents/lbp mais próximo ao final deste mês, e esses níveis de preços chegaram até mesmo antes do esperado, com o patamar dos 18 cents/lbp retornando na última segunda-feira (13).
Na Bolsa de Nova York, o contrato março/25 foi negociado a 18,22 cents/lbp, recuando 0,19 cents (-1,03%). O maio/25 caiu 0,12 cents (-0,70%), fechando a 17,10 cents/lbp. Já o julho/25 e o outubro/25 recuaram 0,15 cents (-0,89%) e 0,20 cents (-1,17%), encerrando a 16,79 cents/lbp e 16,87 cents/lbp, respectivamente.
No acumulado da semana, os preços do açúcar apresentaram quedas expressivas. Em Nova York, o contrato março/25 caiu 1,00 cent (-5,20%), saindo de 19,22 cents/lbp em 10 de janeiro para 18,22 cents/lbp no dia 17. O maio/25 recuou 0,97 cent (-5,37%), o julho/25 perdeu 0,91 cent (-5,14%), e o outubro/25 teve baixa de 0,86 cent (-4,85%).
Na Bolsa de Londres, as perdas também foram generalizadas. O março/25 foi cotado a US$ 478,60 por tonelada, queda de US$ 4,60 (-0,95%). O maio/25 recuou US$ 4,20 (-0,87%), para US$ 477,40. O agosto/25 e o outubro/25 caíram US$ 14,50 (-3,01%) e US$ 16,30 (-3,39%), sendo negociados a US$ 466,50 e US$ 464,10, respectivamente.
Na comparação semanal, o março/25 caiu US$ 24,90 (-4,94%), saindo de US$ 503,50 para US$ 478,60 por tonelada. O maio/25 recuou US$ 30,00 (-5,91%), o agosto/25 perdeu US$ 30,90 (-6,21%), e o outubro/25 teve baixa de US$ 28,80 (-5,84%).
Mercado interno
No mercado físico brasileiro, o indicador Cepea Esalq mostra, em São Paulo, o açúcar cristal branco com valor de R$ 153,37/saca, alta de 0,03%. O açúcar cristal em Santos (FOB) tem valor de R$ 140,59/saca, aumento de 1,39%. O cristal empacotado em São Paulo vale R$ 16,8367/5kg. O refinado amorfo está cotado em R$ 3,7868/kg. O VHP tem preço de R$ 112,45/saca.
Em Alagoas, também com base no que mostra o indicador Cepea Esalq, o preço do açúcar está em R$ 153,04/saca. Na Paraíba, a cotação é de R$ 147,09/saca. Em Pernambuco, o adoçante vale R$ 148,12/saca.
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