Açúcar fecha com baixas após Conab estimar produção recorde no Brasil em 2025/26
Os preços do açúcar ampliaram as últimas quedas e registraram recuos acima de 1% entre os principais contratos das Bolsa de Nova Iorque e Londres nesta terça-feira (29). A pressão sobre as cotações foi ampliada depois que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou uma produção de açúcar recorde para o Brasil em 2025/26, com total de 45,87 milhões de toneladas, aumento de 4% em relação ao ciclo anterior.
“A maior produção de açúcar no Brasil está reduzindo os preços depois que a Conab elevou hoje sua estimativa de produção de açúcar no Brasil para 2025/26 para 45,9 milhões de toneladas, ante uma estimativa anterior de 44,1 milhões de toneladas”, pontuou o Barchart em análise desta terça-feira.
Para o Centro-Sul, maior região produtor, neste primeiro levantamento para a nova temporada, a Conab estimou a produção de açúcar em 41,8 milhões de toneladas, alta de 3,7% na comparação anual.
De acordo com o que destacou a Reuters, o crescimento acontece com usinas privilegiando o açúcar em detrimento do etanol, já que a safra de cana deverá cair 2% em relação a 2024/25, para 663,4 milhões de toneladas.
"A safra 2025/26 traz um cenário de expectativas positivas ainda que marcado por desafios climáticos, sobretudo para o açúcar, pois a competitividade brasileira no mercado internacional segue elevada”, pontuou a Conab em relatório.
Ainda segundo a Reuters, a redução de 4,2%, para 28,1 bilhões de litros, na produção de etanol acontece diante de novos projetos e expansões da produção de etanol de milho, estimada em 8,7 bilhões de litros em 2025/26. Esse valor representa uma alta de 11% na comparação anual, compensando parcialmente o recuo previsto para o biocombustível de cana.
Na Bolsa de Nova Iorque, o vencimento maio/25 teve baixa de 0,22 cents (1,23%) e fechou negociado em 17,62 cents/lbp. O julho/25 registrou uma queda de 0,31 cents (1,74%) e ficou cotado em 17,54 cents/lbp. O outubro/25 recuou 0,30 cents (1,67%), com preço de 17,69 cents/lbp). O março/25 encerrou a sessão com valor de 18,07 cents/lbp, redução de 0,29 cents (1,58%).
Em Londres, o agosto/25 fechou com preço de US$ 496,80/tonelada, queda de 850 pontos (1,68%). O outubro/25 ficou negociado em 487,80/tonelada, também baixa de 850 pontos (1,71%). O dezembro/25 perdeu 770 pontos (1,56%) e foi US$ 485,60/tonelada. O março/26 caiu 650 pontos (1,31%) e ficou cotado em US$ 488,30/tonelada.
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