Mercado do açúcar opera em alta nesta terça-feira (13), impulsionado por commodities e incertezas da safra brasileira
O mercado do açúcar opera no campo positivo na manhã desta terça-feira (13), com o contrato julho/25 negociado a 17,97 cents de dólar por libra-peso em Nova Iorque, alta de 1,53%. O vencimento outubro/25 também sobe, cotado a 18,12 cents, avanço de 1,40%. O movimento reflete, por um lado, a valorização generalizada das commodities, especialmente o petróleo, que reagiu positivamente ao anúncio da redução das tarifas entre Estados Unidos e China. Por outro lado, permanecem as incertezas sobre o tamanho da safra brasileira.
De acordo com Sérgio Quassi, pesquisador da Agroquatro-S Experimentação Agronômica Aplicada, a safra 2025/26 deve ficar entre 570 e 590 milhões de toneladas. “O ciclo atual ainda carrega os impactos da estiagem e das queimadas do ano passado. Muitas usinas precisaram plantar novas áreas com cana de segundo e terceiro corte, o que pode comprometer a sanidade das lavouras. O vigor das plantas também deve ser menor, com produtividade estimada entre 70 e 75 toneladas por hectare”, avalia.
Mesmo com o avanço da colheita e da moagem, o Cepea aponta que a oferta de açúcar cristal de melhor qualidade (Icumsa até 180) ainda não é robusta no mercado spot paulista. Isso porque as usinas têm priorizado os primeiros lotes para o cumprimento de contratos internos e de exportação. Do lado da demanda, a procura por açúcar para entrega imediata permanece enfraquecida, o que tem resultado em pequenas quedas diárias nos preços do cristal no estado de São Paulo.
Já o mercado de etanol apresentou aquecimento na última semana no spot paulista. Segundo o Cepea, compradores estiveram mais ativos, adquirindo volumes em praticamente todos os estados do Centro-Sul. Apesar disso, muitos tentaram fechar negócios a preços mais baixos, enquanto algumas usinas se mantiveram firmes nos valores de venda. Com o avanço da moagem favorecido pelas condições climáticas, a oferta de etanol cresceu em parte das regiões.
Entre os dias 5 e 9 de maio, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou em R$ 2,7236/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), leve alta de 0,19% frente ao período anterior. Para o etanol anidro, o indicador foi de R$ 3,1230/litro, aumento de 0,76%, também considerando valores líquidos de impostos.